Nesta quarta-feira (29), será realizada a audiência de instrução do caso da enfermeira Clarissa Costa Gomes, morta a facadas pelo namorado na capital cearense. Três meses após o crime, familiares ainda lutam por justiça e tentam lidar com a dor da perda. Clarissa, de 31 anos, formada pela Universidade Federal do Ceará, era descrita como “tranquila, amável e dedicada ao trabalho”.
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Sua prima e advogada, Nathalie Costa Capistrano, lembrou da personalidade da vítima: “Ela era minha prima, madrinha de um dos meus filhos, minha madrinha de casamento. Sempre quando eu tinha alguma coisa, algum assunto de discussão da família, a gente sempre procurava ela para conversar, porque ela acalmava os ânimos de todo mundo. Ela era uma filha dedicada, uma enfermeira dedicada, não tinha nada que a Clarissa se comprometesse a fazer que ela não fizesse com carinho, com dedicação”.
O crime ocorreu no dia 9 de julho, na casa onde Clarissa morava com a mãe, no bairro Jardim Cearense. Ela estava sozinha com o namorado, Matheus Antônio Lima Martins Queiroz, de 26 anos.
Segundo Nathalie, “a gente imagina que ela já estava tentando terminar o namoro com ele algumas vezes, por alguns comentários que ela fez com as amigas mais próximas, mas não deu tempo ela conseguir se desligar desse relacionamento abusivo”. Matheus foi preso horas depois, em um condomínio no bairro Maraponga, e segue detido aguardando o andamento do processo.
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De acordo com Waldir Xavier, advogado assistente da acusação, “o crime em si foi uma atrocidade brutal e covarde. E por isso é que haverá uma audiência de instrução.
Ela se destina à colheita de provas, para justamente consubstanciar todo aquele acervo probatório que será levado ao julgamento pelo Tribunal do Júri. Essa primeira fase é conduzida pelo magistrado Togado e ela segue até a fase da pronúncia.
Depois da pronúncia, todo o processo será submetido ao julgamento pelo Tribunal Popular do Júri”. Nathalie reforçou a confiança na justiça:
“O que tem nos sustentado hoje é Deus para nos manter em pé, mas a gente precisa e confia na justiça. Eu sei que tem um longo processo pela frente, não vai ser resolvido agora, ainda vamos passar por essa ferida muitas vezes, mas estamos com fé em Deus, na justiça e na sociedade”.
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Fonte: gcmais.com.br
