A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) deu início, na última terça-feira (17), a um conjunto de ações para reforçar a vigilância e o combate ao sarampo e à rubéola no estado. A campanha, batizada de “Dia S”, segue até a próxima sexta-feira (27), com foco na identificação de possíveis novos casos e no incentivo à vacinação.
As atividades incluem busca ativa de registros suspeitos de ambas as doenças em unidades de saúde e na comunidade. Segundo Karizya Veríssimo, assessora do Grupo Técnico das Doenças Preveníveis por Vacinas da Sesa, a iniciativa amplia a investigação de sintomas compatíveis, a partir da análise de prontuários médicos, fichas de atendimentos e registros laboratoriais do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
>>>Clique aqui para seguir o canal do GCMAIS no WhatsApp<<<
“Queremos dar atenção especial a possíveis casos que não tenham sido identificados durante os atendimentos de rotina. Neste ano, além da busca em unidades de saúde, acrescentamos a busca ativa comunitária, com visitas domiciliares”, explicou Karizya.
A medida é considerada fundamental para prevenir a reintrodução dos vírus no Ceará. O estado não registra casos de rubéola desde 2008. Já os últimos casos confirmados de sarampo ocorreram em 2022. Em 2023 e 2024, foram notificados 35 e 40 casos suspeitos, respectivamente, mas todos foram descartados após análise laboratorial. Em 2025, até o momento, foram 16 notificações, também todas descartadas.
Ceará realiza Dia S de combate ao sarampo e à rubéola
A titular da Coordenadoria de Imunização da Sesa, Ana Karine Borges, reforça que a vacinação é a principal estratégia de proteção contra o sarampo e a rubéola. Ela explica que três tipos de vacinas estão disponíveis na rede pública: a dupla viral (sarampo e rubéola), a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).
“Aos 12 meses, a criança deve receber a primeira dose da vacina, e aos 15 meses, a segunda. Pessoas entre 1 e 39 anos que não tenham sido vacinadas ou com esquema incompleto precisam tomar duas doses com intervalo mínimo de 30 dias. Quem tem entre 40 e 59 anos deve tomar pelo menos uma dose”, orienta a gestora.
Leia também | ITA abre inscrições para vestibular 2026 com vagas em São Paulo e Ceará
Sobre as doenças
O sarampo é uma doença infecciosa aguda grave viral, transmitida pela saliva, por meio da fala, da tosse e do espirro.
Já a rubéola tem o mesmo processo de transmissão, mas, entre as gestantes, apresenta a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações, como aborto e natimorto (bebê que nasce sem vida). Para os recém-nascidos, pode acarretar malformações congênitas, como surdez, problemas cardíacos e lesões oculares.
Os sintomas do sarampo e da rubéola são semelhantes, com febre e manchas avermelhadas pelo corpo. No entanto, o sarampo causa febre alta, irritação nos olhos, tosse seca e tem maior letalidade entre crianças.
>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<
Fonte: gcmais.com.br