A defesa da travesti presa por crime de extorsão, após denúncia de um suposto cliente que teria contratado um programa, contestou a acusação, pontuando que o crime não foi cometido. Além disso, os advogados assinalam que a denúncia que levou à captura foi feita por apenas um homem.
A informação difere do que havia sido repassado por agentes da Delegacia Municipal de Cascavel, cidade onde o caso ocorreu. Conforme informado inicialmente, ela teria extorquido vários empresários, ameaçando divulgar os supostos envolvimentos, em troca de dinheiro.
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“O que aconteceu foi o não pagamento do programa, em nenhum momento houve crime de extorsão, ainda menos cobrança ilegal, indevida”, pontua o advogado Pablo Kellermann. A defesa ainda reforça que apenas um cliente fez a denúncia.
“Supostamente o cliente teve um encontro com ela e o valor foi pago parcialmente, na data do serviço. Foram contratados três serviços de programa, foram pagos dois e um não foi pago, para ser pago depois. E esse, posteriormente, não foi pago, como acordado pelo cliente”, explica ainda Pedro Brasil, que também integra a defesa.
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Como se trata de uma prisão preventiva (e não prisão em flagrante), a travesti não foi solta na audiência de custódia e deve continuar detida até que a defesa consiga reverter a situação. O caso segue em segredo de Justiça e o processo corre na comarca do município de Cascavel.
A denúncia acatada pela delegacia indicava que a travesti buscava perfis de homens com poder aquisitivo, nas redes sociais, e entrava em contato com eles, dizendo então que, se essas pessoas não depositassem altas quantias de dinheiro na conta dela, ela iria criar uma história e divulgar na internet que estava tendo um caso com a vítima. O homem envolvido na ocorrência informou ter depositado R$ 7.800 em diferentes parcelas e alega não ter envolvimento com a travesti, tendo cedido, segundo ele, para não ter o nome envolvido em controvérsias.
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A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As informações podem ser direcionadas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, pelo qual podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia ou ainda via “e-denúncias”, o site do serviço 181, por meio do endereço eletrônico: https://disquedenuncia181.sspds.ce.gov.br/.
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Fonte: gcmais.com.br