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Ex-funcionário é condenado a mais de 25 anos por decapitar zelador do IJF em Fortaleza

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Ex-funcionário é condenado a mais de 25 anos por decapitar zelador do IJF em Fortaleza

O cozinheiro e motorista Francisco Aurélio Rodrigues de Lima foi condenado, nesta segunda-feira (6), a 25 anos e nove meses de prisão pelo Tribunal do Júri de Fortaleza. Ele, que é ex-funcionário do local, foi considerado culpado pelos crimes de homicídio consumado e homicídio tentado, em julgamento que encerra um dos casos mais brutais registrados no Hospital Instituto Dr. José Frota (IJF), em 2024.

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O crime aconteceu no dia 23 de abril do ano passado, quando Francisco Aurélio invadiu o hospital e matou o zelador Francisco Mizael Souza da Silva, decapitando-o dentro da cozinha da unidade. Durante a ação, ele ainda baleou outro funcionário, Carlos Sérgio Matos de Queiroz, que sobreviveu após quatro dias internado. A violência do ato causou comoção entre colegas de trabalho e pacientes que estavam no local.

De acordo com a sentença, Aurélio recebeu 18 anos e nove meses de reclusão pelo homicídio consumado e mais sete anos pelo crime tentado, totalizando 25 anos e nove meses de prisão. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado, segundo decisão do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

Francisco Aurélio havia trabalhado como copeiro no IJF, mas, no momento do crime, atuava como motorista de aplicativo. Ele foi localizado e preso horas depois, no distrito de Patacas, município de Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza. A captura ocorreu após uma operação policial desencadeada ainda no dia do crime.

As investigações apontaram que a motivação do assassinato foi o ciúme que Aurélio sentia da própria esposa, que trabalhava no mesmo hospital. Segundo o TJCE, o réu acreditava que a mulher mantinha um envolvimento com a vítima. Ele já tinha antecedentes por desacato e havia sido alvo de uma medida protetiva anterior.

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O IJF, onde o crime ocorreu, é uma das maiores referências médicas do Ceará, especializado no atendimento a vítimas de traumas graves, queimaduras e lesões vasculares. O assassinato dentro da unidade causou pânico entre os profissionais e reacendeu o debate sobre a segurança em hospitais públicos.

Relembre o crime 

Durante o ataque, o ex-funcionário entrou no prédio usando o sistema de reconhecimento facial, mesmo tendo sido demitido mais de um ano antes. Ele levava uma mochila onde escondia a arma de fogo utilizada no crime. Ao encontrar Mizael no refeitório, disparou quatro vezes e, em seguida, o decapitou com uma faca. Imagens do local chegaram a circular em redes sociais e foram usadas como prova no processo.

Testemunhas relataram momentos de desespero após os disparos. Funcionários correram pelos corredores do hospital em busca de abrigo, enquanto o autor fugia deixando para trás a mochila e a arma. A cena chocante foi descrita como “inacreditável” por quem presenciou o ocorrido.

Em depoimento, a mulher de Aurélio afirmou que o marido era extremamente ciumento e demonstrava comportamento possessivo em relação a colegas de trabalho dela. Segundo ela, o relacionamento durava cerca de um ano e meio e já apresentava episódios de agressividade. A mulher negou ter qualquer envolvimento com Mizael, descrevendo-o apenas como um colega de trabalho.

Francisco Mizael Souza da Silva foi sepultado em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ele trabalhava há dez anos no IJF, era pai de uma menina de seis anos e deixou a esposa grávida. O caso permanece marcado na memória dos funcionários do hospital, que pedem mais rigor na segurança para evitar que tragédias semelhantes voltem a ocorrer.

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Fonte: gcmais.com.br