No próximo domingo (6), os eleitores cearenses votarão para prefeito e vereador, e o estado manterá a tradicional Lei Seca, proibindo a venda e consumo de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes das 0h às 19h. A medida preocupa o setor, que já enfrenta dificuldades financeiras. Segundo pesquisa da Abrasel-CE, 44% dos estabelecimentos acreditam que a Lei Seca impacta negativamente o movimento, e 40% preveem queda no faturamento em outubro.
>>>Clique aqui para seguir o canal do GCMAIS no WhatsApp<<<
Enquanto estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais optaram por não aplicar a Lei Seca, o Ceará segue com a proibição. Taiene Righetto, presidente da Abrasel-CE, critica a medida, destacando que muitos estados brasileiros já eliminaram a prática sem prejuízos à população.
“A grande maioria dos estados brasileiros optam por não aderir à Lei Seca no dia da eleição. Em um estado como o Ceará, que já tem um processo eleitoral maduro, é lamentável que ainda exista essa preocupação com a Lei Seca, enquanto a maioria dos estados do país já eliminou essa prática, sem prejuízos à população ou à tranquilidade da votação”, explica.
O setor de bares e restaurantes no Ceará enfrenta desafios financeiros, com 23% das empresas operando em prejuízo e 43% com dívidas em atraso, principalmente relacionadas a impostos e empréstimos. A situação agrava-se, com mais da metade dos estabelecimentos ainda lutando para se recuperar das dificuldades acumuladas durante a pandemia.
>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<
Lei Seca nas Eleições: Setor de bares enfrenta momento delicado
Além de impactar nas contas de outubro, a exigência de cumprimento da Lei Seca nos dias de votação pode piorar uma situação que já é delicada para o setor de bares e restaurantes cearenses
De acordo com o levantamento da Abrasel, em agosto aumentou o número de empresas operando em prejuízo (23%). Além disso, o problema do endividamento por parte desses estabelecimentos ainda apresenta um percentual preocupante. Atualmente, 43% das empresas têm dívidas em atraso, sendo as principais delas relacionadas à impostos federais, estaduais e empréstimos bancários.
“Enquanto a média nacional melhorou em agosto, o Ceará foi na contramão e o prejuízo aumentou, com um número crescente de empresas operando no vermelho. Mais da metade não conseguiu realizar lucro e sofre com grandes dívidas de impostos, ainda acumulados desde a pandemia”, lamenta Taiene.
Leia também | Minas e Energia pede que Aneel avalie revisão da bandeira tarifária de outubro
>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<
Fonte: gcmais.com.br