Fortaleza recebeu, nesta quinta (28) e sexta-feira (29), o World Summit on Energy Transition (WSoET) – Cúpula Mundial de Transição Energética –, que reuniu especialistas de diversos países para discutir e fechar diretrizes e recomendações relacionadas ao aquecimento global e às mudanças climáticas.
Os especialistas e autoridades presentes destacaram a importância de promover uma transição energética. Foram, no total, 2 mil inscritos (entre presenciais e online), 100 palestrantes, com a participação de representantes de quase 30 países, entre instituições nacionais, governos e órgãos internacionais.
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“Esse evento é o primeiro que fazemos no Brasil, no contexto do próximo G20, que também será aqui. A parte mais importante da mudança climática é a transição energética, porque é uma das coisas que mais pode contaminar o ambiente, mas também a que mais contribui para a geração de emprego e crescimento para todos os países”, declarou Jorge Brown, presidente do Global Institute of Tourism, um dos co-organizadores do evento, em associação com o Estado do Ceará, o Instituto Winds for Future e a Advanced Leadership Foundation.
“Precisamos ter esperança, mas também a certeza de que a atual e as próximas gerações têm que trabalhar muito, porque as mudanças climáticas são a maior responsabilidade intergeracional que temos”, resumiu Angel Gurría, ex-secretário da OCDE (SIGLA), um dos principais palestrantes do WSoET.
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O WSoET também debateu a necessidade da formulação de políticas de incentivo e financiamento, tornando a transição energética uma tendência mundial. “Grandes economias do planeta estão nessa direção. Até mesmo a Arábia Saudita, que é a maior produtora de petróleo do mundo, está caminhando para a utilização crescente da energia solar e eólica e, portanto, para a diversificação energética”, analisou Sérgio Gabrielli, ex-presidente e atual consultor da Petrobras.
Alguns dos principais pontos tratados no WSoET incluíram o potencial das energias renováveis para o turismo e a produção do hidrogênio verde. “Agora que temos a lei sancionada e estamos avançando na regulação, o foco deve estar nos grandes projetos. Junto com o mercado de carbono aprovado recentemente, eles vão promover essa escalabilidade”, observou Fernanda Delgado, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), uma das palestrantes do WSoET.
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Sustentabilidade
Entre outras medidas, o World Summit on Energy Transition adotou o consumo de energia 100% renovável, o que foi possível graças a um contrato assinado entre a Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) e a comercializadora de energia EDP, que incluiu o Centro de Eventos do Ceará como um dos equipamentos do estado que passa a operar com energia oriunda de fontes limpas e previsões de baixo custo.
“Não é por acaso que escolhemos o Ceará como o local do primeiro grande evento internacional no Brasil dedicado a energias limpas e mudanças climáticas. Afinal, estamos no estado que tem quase 40 anos de experiência em energias renováveis e tem a ambição de se tornar um dos principais hubs de produção de energia limpa do mundo”, observa Rômulo Soares, cofundador do Instituto Winds for Future.
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Declaração do Ceará
Na conclusão do evento, foi lançada ainda a Declaração do Ceará, um documento oficial com diretrizes e recomendações para o futuro da transição energética no planeta. “É um conjunto de conclusões de renomados especialistas multilaterais. Tomara que o mundo as escute e que esta seja a primeira de muitas Cúpulas Mundiais sobre este tema”, afirmou Román Rodríguez, presidente do Global Institute for the Future of Tourism.
Fonte: gcmais.com.br