Um vídeo que mostra supostos maus-tratos a uma criança por parte da madrasta causou grande repercussão nas redes sociais e levou o caso às autoridades nesta semana, em Fortaleza. A gravação foi feita por Camila Brandão, profissional da área da saúde, que relatou ter presenciado os gritos da criança enquanto visitava o namorado em um apartamento do mesmo prédio onde o caso ocorreu.
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A situação, registrada na segunda-feira (19), gerou forte indignação pública. Nas imagens, a mulher — supostamente a madrasta — aparece ameaçando a criança com agressões físicas, dizendo que ela apanharia “de cinturão” e exigindo que “olhasse para ela”, entre outras falas consideradas violentas e humilhantes.
“Eu fiquei desesperada, tremendo, larguei o celular e fui chamar meu namorado. Começamos a bater na porta, vizinhos desceram, e muitos ouviram os gritos também. Foi quando acionamos a polícia”, relatou Camila em entrevista ao Balanço Geral.
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Polícia e Conselho Tutelar foram acionados
De acordo com Camila, a polícia chegou ao local algum tempo depois da denúncia, entrou no apartamento e conversou com os responsáveis. A mulher filmada negou ter agredido fisicamente a criança, alegando que “não havia marcas” e que teria apenas “brigado” com o menino. Apesar disso, os vídeos levantam sérias preocupações quanto à violência psicológica sofrida pela criança.
O caso foi levado ao conhecimento do Conselho Tutelar e da Polícia Civil, que agora investigam as circunstâncias da denúncia. O pai da criança e a madrasta foram localizados e prestaram depoimento, e Camila também deve formalizar o Boletim de Ocorrência nesta terça-feira (20).
A Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente deve acompanhar o caso, que ganhou ampla repercussão na internet. O Conselho Tutelar confirmou o envolvimento e o monitoramento da situação, incluindo a garantia de segurança e integridade da criança.
Repercussão e solidariedade
O vídeo e o relato da denunciante viralizaram nas redes sociais em poucas horas. Camila usou seus perfis para denunciar a situação publicamente: “Não sou influencer, mas usei o que eu tinha, minhas redes, para fazer essa denúncia chegar mais longe”, afirmou.
Ela foi elogiada por usuários da internet e por profissionais da saúde e da educação por sua coragem. “Essa criança pode ter se livrado de algo muito maior”, disse, emocionada, durante o depoimento ao vivo.
Informações de bastidor indicam que a criança não teria mãe, o que reforça a responsabilidade do pai e da madrasta nos cuidados com o menino. A situação acendeu o alerta para a necessidade de mais atenção às denúncias de maus-tratos em ambientes familiares.
A Polícia Civil informou que o caso está em apuração e reforçou a importância de que testemunhas colaborem formalmente, por meio de depoimentos e registros. A prioridade, segundo os investigadores, é garantir a proteção da criança e esclarecer todas as responsabilidades.
O Disque 100 (Direitos Humanos) e o Conselho Tutelar estão disponíveis para qualquer cidadão que queira relatar situações semelhantes de forma anônima. “Seja criança, mulher ou idoso, não se calem diante de uma agressão. Denunciar salva vidas”, reforçou Camila.
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Fonte: gcmais.com.br
