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Fortaleza

Primeiro réu julgado pela Chacina das Cajazeiras é condenado a 790 anos de prisão

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Primeiro réu julgado pela Chacina das Cajazeiras é condenado a 790 anos de prisão

O primeiro réu do caso da chacina das Cajazeiras – também conhecido como chacina do Forró do Gago – foi condenado, nesta quinta-feira (8), a 790 anos de prisão. A ocorrência, de janeiro de 2018, é considerada a maior chacina já registrada no estado do Ceará, tendo deixado 14 mortos e ao menos 15 feridos, durante ataque de uma facção criminosa a uma festa que ocorria na periferia de Fortaleza.

Ednardo dos Santos Lima foi o primeiro réu levado a júri popular, pelo Conselho de Sentença da 2ª Vara do Júri de Fortaleza, unidade responsável pela condução do processo. Ele foi condenado pelos crimes de homicídio consumado (14 vezes); tentativa de homicídio (15 vezes); e por participar de organização criminosa.

A denúncia que havia sido apresentada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) aponta que Ednardo seria uma liderança da facção criminosa que executou a ação, tendo ordenado o ataque.

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A sessão ocorreu no Fórum Clóvis Beviláqua, na capital cearense, marcando o início de uma série de julgamentos relacionados ao caso. Durante o julgamento, sete jurados sorteados compuseram o Conselho de Sentença, responsável por analisar as provas apresentadas, ouvir as argumentações do Ministério Público, que atua na acusação, e da defesa do réu. Ao fim dos debates, coube a esse grupo decidir se Ednardo dos Santos Lima seria considerado culpado ou inocente pelos crimes imputados.

Primeiro réu julgado pela Chacina das Cajazeiras é condenado a 790 anos de prisão

Na madrugada de 27 de janeiro de 2018, Fortaleza foi palco da maior chacina já registrada no Ceará. O crime aconteceu na casa de shows Forró do Gago, no bairro Cajazeiras, e deixou 14 mortos e pelo menos 15 feridos. O episódio teve repercussão nacional e internacional.

Segundo as investigações, o ataque foi executado por membros de uma facção criminosa, que invadiram o local fortemente armados, desembarcando de veículos e disparando indiscriminadamente contra as pessoas que participavam da festa. O objetivo seria tomar o controle da área, então dominada por um grupo rival.

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Segundo as apurações policiais, as vítimas foram escolhidas ao acaso, sem qualquer relação comprovada com organizações criminosas. Várias das vítimas morreram dentro da casa de shows, enquanto outras foram perseguidas e executadas nas ruas próximas, enquanto tentavam fugir.

A motivação do crime seria a disputa territorial entre facções rivais. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) apontou que a ação foi planejada pela facção para atacar o grupo rival, que realizava festas no local. Um “conselho” da facção teria aprovado o ataque horas antes.

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As investigações resultaram na identificação de 14 suspeitos, entre mandantes e executores. O principal mandante, Deijair de Sousa Silva, conhecido como “De Deus”, foi preso meses depois. Outros envolvidos foram detidos ou permanecem foragidos. Além dos homicídios, os acusados respondem por organização criminosa.

A chacina vitimou 14 pessoas, a maioria jovens e mulheres, entre elas Maíra Santos da Silva (de 15 anos), Maria Tatiana da Costa Ferreira (17), Brenda Oliveira de Menezes (19), José Jefferson de Souza Ferreira (21), Raquel Martins Neves (22), Luana Ramos Silva (22), Wesley Brendo Santos Nascimento (24), Natanael Abreu da Silva (25), Antônio Gilson Ribeiro Xavier (31), Renata Nunes de Sousa (32), Mariza Mara Nascimento da Silva (37), Edneusa Pereira de Albuquerque (38), Raimundo da Cunha Dias (48) e Antônio José Dias de Oliveira (55).

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Fonte: gcmais.com.br