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Dáry Bezerra destaca importância de discutir direito de envelhecer para populações LGBT+ no Ceará

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Dáry Bezerra destaca importância de discutir direito de envelhecer para populações LGBT+ no Ceará

Dáry Bezerra, presidenta do Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), ressalta que é importante pautar o direito da população LGBT de envelhecer no estado do Ceará. Esse foi o tema escolhido para a Parada da Diversidade Sexual do Ceará, que é organizada pelo Grab e acontece em Fortaleza, no próximo domingo (29). Ela falou sobre o assunto na manhã desta quarta-feira (25), em entrevista exclusiva aos jornalistas Katiúzia Rios e Miguel Anderson Costa, no programa Balanço Geral Ceará Manhã, da TV Cidade Fortaleza.

Segundo Dáry, o tema deste ano – “Quem chora por nós? Visibilidades, orgulho e direito de envelhecer” – foi inspirado em uma frase da ativista Thina Rodrigues, homenageada na edição. “Quem chora por nós é uma frase que ela dizia para incomodar. Quem, além das próprias populações LGBT, se importa conosco nessa sociedade?”

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Dáry Bezerra destaca importância de discutir direito de envelhecer para populações LGBT+ no Ceará

A dirigente lembrou que, apesar dos avanços, pessoas trans e travestis ainda enfrentam expectativa de vida muito inferior à média nacional. “Pessoas travestis e transexuais têm 35 anos de expectativa de vida. Se a gente é uma população privada da educação, saúde, direitos básicos, como chega na velhice? Será que tem previdência privada, há lugar para morar? Muitas são expulsas de casa, não têm acolhimento familiar, vão morar onde?”, questionou Dáry. Ela também ressaltou o desafio da solidão: “muitas não têm filhos, muitas não têm companheiros ou companheiras. Então trazer essa temática do envelhecimento é sobretudo pensar as nossas próprias vidas, porque a gente é jovem, mas daqui a pouco a idade vai chegando”.

Dáry destacou ainda o caráter coletivo da parada, que espera reunir cerca de um milhão de pessoas. “A parada não é só das populações LGBT, é de toda a cidade, do estado, das famílias, diversas etnias, movimentos sociais, das crianças. É importante para a gente entender que toda a sociedade está mobilizada para lutar por aquilo que a gente acredita”.

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Madrinhas

A edição deste ano também celebra a representatividade de duas madrinhas travestis negras, Labelle Rainbow e Viviane Venâncio – que, como destaca a presidenta do Grab, conseguiram superar essa estimativa de vida. “Isso é muito importante para a gente estar celebrando. É muito significativo, simbólico, emocionante”, afirmou. A escolha das madrinhas ocorreu durante as discussões sobre o tema da edição e reconhece as contribuições históricas de ambas para a construção do evento e da militância trans no estado.

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Trielétrica

A jornalista Katiúzia Rios, madrinha de edições anteriores da Parada, também marcará presença em 2025 de forma especial: comandará um dos trios elétricos, a Trielétrica, com estrutura própria, convidados especiais e uma programação que vai mesclar manifestações políticas com atrações musicais.

Até agora, oito trios elétricos estão confirmados, reunindo artistas, coletivos culturais e instituições. Entre os parceiros, estão o Governo do Estado do Ceará, Prefeitura de Fortaleza, Parada na Delas, Instituto Saile, Casa de Andaluzia, Fetamce, Trielétrica, além do próprio Grab.

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Fonte: gcmais.com.br