Novas imagens de câmeras de segurança trazem à tona detalhes sobre o acidente de trânsito que matou Kauã Guedes, de 18 anos, e deixou Igor Silva gravemente ferido, no último dia 18 de junho, no bairro Meireles, em Fortaleza. Os vídeos mostram o momento em que o veículo conduzido pelo empresário Rafael Elisário trafega em alta velocidade, realizando manobras em zigue-zague, segundos antes de atingir violentamente a motocicleta onde estavam os dois jovens. Antes da colisão, por pouco o carro não atropela uma família que atravessava a via.
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A caminhonete Ford Ranger vermelha, conduzida por Rafael, ignorou a preferência e atingiu a moto de forma frontal. Dentro do veículo, a Polícia Militar encontrou embalagens de bebida alcoólica, entorpecentes e medicamentos de uso controlado. A pickup permanece apreendida no 2º Distrito Policial, enquanto as investigações seguem em curso.
Consultas ao portal do Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) revelam um histórico de infrações grave envolvendo o veículo. Somente entre 1º de abril de 2024 e 9 de maio de 2025, a Ranger acumulou R$ 4.143,93 em multas não pagas, incluindo autuações por excesso de velocidade, estacionamento irregular, trânsito em acostamento e parada sobre faixa de pedestres. O IPVA também está atrasado.
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Preso em flagrante logo após o acidente, Rafael Elisário foi levado ao 2º Distrito Policial, onde se recusou a fazer o teste do bafômetro e optou por ficar em silêncio durante o depoimento. Inicialmente, ele foi autuado por lesão corporal culposa no trânsito. No entanto, com a morte de Kauã, o caso passou a ser investigado como homicídio doloso, quando há intenção ou aceitação do risco de matar.
Mesmo diante da gravidade do caso, Rafael foi solto após audiência de custódia. O juiz de plantão considerou que ele possuía bons antecedentes, era réu primário e não respondia a outros processos. Com parecer favorável do Ministério Público do Ceará (MPCE), a Justiça autorizou a liberdade mediante o pagamento de fiança no valor de dez salários-mínimos, cerca de R$ 15 mil.
Kauã havia acabado de concluir o ensino médio, estudava para concursos e ajudava a mãe em uma confecção. Ele era uma das principais companhias dela durante o tratamento contra o câncer. Amigos e familiares agora cobram justiça, enquanto o caso reacende o debate sobre a impunidade em crimes de trânsito envolvendo motoristas sob efeito de álcool e drogas.
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Fonte: gcmais.com.br