A Avenida Beira-Mar, em Fortaleza, foi tomada por uma multidão no último domingo (29), durante a 24ª Parada pela Diversidade Sexual do Ceará. Neste ano, o evento ganhou contornos ainda mais simbólicos com a estreia da Trielétrica, comandada pela jornalista e agora cantora Katiúzia Rios, e com a homenagem à travesti cearense Thina Rodrigues, referência nacional na luta pelos direitos da população trans.
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Sob o tema “Quem chora por nós? Visibilidades, orgulho e direito de envelhecer”, a edição de 2025 levou à avenida não apenas cores e celebração, mas também pautas urgentes. A data da Parada coincidiu com o dia da morte de Thina, vítima da COVID-19 em 2020, tornando a homenagem ainda mais significativa. Ao longo do percurso, as vozes da multidão ecoaram por respeito, direitos e dignidade para a população LGBTQIA+.
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No centro da festa e da militância, surgiu a Trielétrica, o único trio independente da Parada. A bordo dele, Katiúzia Rios realizou um antigo sonho: estrear como cantora no evento que sempre acompanhou como militante e jornalista. “Durante mais de duas décadas, as pessoas me conheceram como a jornalista que transmite as notícias do dia. Mas eu sempre fui muito mais do que isso”, afirmou, emocionada.
A ideia da Trielétrica surgiu há quase dois anos como um projeto pessoal de visibilidade e resistência, unindo música, política e celebração em um mesmo espaço. “É a realização de um sonho que mistura a minha história com o desejo coletivo de romper silêncios”, explicou Katiúzia. Sua apresentação foi marcada por músicas que exaltam o orgulho LGBTQIA+ e mensagens de enfrentamento à violência e à exclusão.
Com expectativa de reunir mais de um milhão de pessoas, a Parada atraiu gente de todas as partes do estado e de outros lugares do Brasil. Entre veteranos e estreantes, cada passo na avenida representava um ato de resistência, memória e afirmação de existência. A energia do público e das atrações reforçou o propósito do evento: celebrar a diversidade como força e direito.
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Fonte: gcmais.com.br