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Hemoce se torna o primeiro hemocentro do Brasil a integrar o Registro Internacional de Sangue Raro

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Hemoce se torna o primeiro hemocentro do Brasil a integrar o Registro Internacional de Sangue Raro

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) conquistou um marco inédito para a hemoterapia brasileira: tornou-se o primeiro hemocentro do país a integrar o Registro Internacional de Sangue Raro, gerenciado pela Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue (ISBT) e sediado em Bristol, na Inglaterra.

A inclusão no banco mundial de dados consolida o papel de excelência do Hemoce e permite que o Ceará envie e receba bolsas de sangue raro de qualquer lugar do mundo — um avanço significativo na assistência a pacientes com necessidades transfusionais específicas.

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Segundo a diretora-geral do Hemoce, Luciana Carlos, a participação no registro amplia o alcance dos doadores cearenses com fenótipos raros: “Agora que fazemos parte do registro internacional, nossos doadores podem ser localizados globalmente sempre que houver necessidade. Da mesma forma, também poderemos receber bolsas compatíveis de outros países, o que fortalece nossa capacidade de salvar vidas em situações críticas”.

Atualmente, o hemocentro cearense conta com cerca de 700 doadores com fenótipos sanguíneos considerados raros, identificados por meio de análises sorológicas e genéticas. A diretora técnica de Hemoterapia, Denise Brunetta, explica que o reconhecimento internacional é resultado da estrutura qualificada e dos protocolos rigorosos adotados no Ceará.

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“A inclusão do Hemoce nesse seleto grupo global representa um compromisso com a vida. Estamos falando de pacientes que, muitas vezes, dependem de uma combinação muito específica de antígenos para receber transfusões seguras. Esse credenciamento mostra que o Brasil tem capacidade técnica e científica alinhada aos mais altos padrões internacionais”, afirma.

O que é sangue raro?

Sangue raro é definido pela ausência de antígenos que estão presentes na maioria das pessoas. Isso inclui situações em que o doador não possui determinados antígenos dos glóbulos vermelhos ou apresenta combinações extremamente incomuns. Esse tipo de sangue pode ser vital para pacientes que desenvolvem anticorpos específicos e enfrentam dificuldade em encontrar compatibilidades em bancos convencionais.

Referência em produção científica

A atuação do Hemoce também tem destaque na produção acadêmica. A equipe da Hemoterapia publicou um artigo na revista científica Transfusion, referência mundial na área, detalhando o processo de criação do Registro de Sangue Raro do Ceará. O estudo apresenta as estratégias implementadas para mapeamento genético, busca ativa de doadores e estruturação de um banco estadual.

Um dos casos mais emblemáticos aconteceu em 2017, quando o Hemoce enviou uma bolsa de sangue raro para salvar uma criança na Colômbia — exemplo de como a atuação local pode ter impacto internacional.

Papel estratégico no Brasil

O Hemoce é responsável por cerca de 50% das bolsas de sangue raro enviadas no Brasil, de acordo com a demanda nacional. A expectativa agora é que, com a participação no registro global, a instituição cearense atue como ponte para a cooperação entre países em casos de emergência transfusional.

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Fonte: gcmais.com.br