A Polícia Federal afirma que o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) teve um papel central em um suposto esquema de manipulação de pleitos eleitorais, envolvendo compra de votos e direcionamento de recursos públicos desviados por meio de empresas ligadas a um grupo criminoso. As informações constam em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito de uma investigação sigilosa que apura fraudes em licitações e uso irregular de emendas parlamentares destinadas a prefeituras do Ceará.
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Júnior Mano foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (8), por decisão do ministro Gilmar Mendes. A operação da PF contou com o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR) e também resultou no bloqueio de até R$ 54 milhões em bens dos investigados. A investigação apura se o parlamentar atuou para beneficiar prefeituras aliadas com recursos públicos, desviados por meio de licitações fraudulentas e contratos administrativos.
Eleito em 2022 como o segundo deputado mais votado do Ceará, com 216.531 votos, Júnior Mano cumpria seu segundo mandato quando foi expulso do PL no ano passado por apoiar um candidato do PT em eleição municipal. Atualmente, está filiado ao PSB. Apesar das acusações, sua assessoria afirmou que ele “não tem qualquer participação em processos licitatórios” e que, como parlamentar, “não exerce funções executivas ou administrativas em prefeituras”.
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A defesa do deputado reforça que ele tampouco integra comissões de licitação ou fiscaliza contratos administrativos. Ainda assim, os investigadores sustentam que Júnior Mano teria influência decisiva na destinação de verbas públicas e no controle de prefeituras ligadas ao grupo investigado. O caso segue sob sigilo no STF e deve avançar nos próximos dias com análise de dados apreendidos durante a operação.
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Fonte: gcmais.com.br
