Desde o último dia 27 de junho, os moradores do condomínio San Francisco, em Fortaleza, vivem uma rotina de incertezas após a evacuação emergencial do prédio por risco de desabamento. O imóvel foi interditado por recomendação técnica, após a constatação de graves danos estruturais causados pelo afundamento desigual do solo. Ao todo, 32 apartamentos foram desocupados por orientação da construtora, mas até agora, os moradores não receberam respostas concretas sobre o futuro da edificação.
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Entre os atingidos está a guia de turismo Gardênia Melo, que vive há mais de 17 anos no local com a mãe, uma idosa de 87 anos. Com a interdição, mãe e filha passaram a depender da ajuda de familiares.
“Estamos morando em um quarto emprestado, os móveis e eletros foram espalhados entre casas de parentes. Ainda temos coisas dentro do apartamento. É muito doloroso. Minha mãe é idosa, o imóvel é financiado, ainda restam 12 anos e meio para quitar. É um sonho que virou pesadelo”, desabafa Gardênia.
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De acordo com o engenheiro civil Pablo Torres, os sinais de instabilidade estrutural incluem rachaduras em 45 graus e deformações nas vigas, típicas de recalque do solo.
“Com base nos indícios, recomendamos a evacuação para evitar qualquer risco às famílias”, explicou. Um estudo geológico do terreno foi iniciado na última quinta-feira, e a expectativa é que o laudo fique pronto em até 20 dias. Enquanto isso, a Defesa Civil de Fortaleza acompanha o caso, mas moradores como Gardênia cobram urgência: “Queremos uma resposta clara. Vamos voltar? O prédio será demolido? Essa indefinição nos destrói por dentro.”
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Fonte: gcmais.com.br