A base do Ferroviário Atlético Clube, tradicional time da capital cearense, vem ganhando cada vez mais protagonismo. No Estádio Elzir Cabral, a nova geração do Tubarão da Barra dá seus primeiros passos rumo ao futebol profissional. No último confronto pelo Campeonato Cearense Sub-17, os olhos se voltaram para o jovem Vinícius Santos, lateral-esquerdo que marcou seu primeiro gol na temporada. Mais que uma simples comemoração, o gol teve um destino especial. “Fiquei muito feliz em fazer esse gol, aniversário da minha irmã amanhã. Prometi a ela ontem, 11 anos. E é só isso, bola pra frente, segundo tempo é Ferrão”, afirmou o atleta.
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A dedicação dos jovens é acompanhada de perto pelo técnico Evandro de Azevedo, que entende que o sucesso vai muito além do talento com a bola nos pés. “Existem quatro aspectos que nós treinadores temos para o jogador: técnico, físico, tático e o psicológico, que na nossa realidade é o principal fator. Porque, muitas vezes, os atletas conseguem fazer os três primeiros pilares, mas a realidade de onde eles vêm acaba sendo um agravante. A gente não é hipócrita de dizer ao atleta que todos vão virar, mas quem tiver melhor essa parte psicológica, esse entendimento do profissionalismo do que é o futebol, eles conseguem chegar”, ressaltou.
O apoio da família e da comunidade tem sido um combustível essencial para os meninos da base. Pedro Nojosa, tio de Felipe, um dos jogadores em campo, fez questão de destacar o impacto da torcida. “A gente sempre apoiando, sempre educando, como é que é para fazer, como não é. É um incentivo a mais a gente vir assistir ao jogo dele, porque assim dá mais credibilidade a ele a fazer as coisas boas que tem que fazer”, disse.
A professora Ariadne Morais também marcou presença na arquibancada e falou com orgulho sobre acompanhar seus alunos em campo: “Eu acho muito interessante poder prestigiar esses meninos que sonham tanto em ser jogador de futebol. Apesar de ser professora de matemática, se eles não gostam muito da minha matéria, mas se eles gostarem de mim, eu já ganho muita coisa”.
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O futebol, para esses jovens, é também inspiração e sonho coletivo. Carla Vitória, irmã de Felipe, compartilhou sua admiração pelo irmão: “Me inspiro nele, praticamente. Se eu pudesse, eu entrava dentro desse campo aí, abraçava ele, pedia a camisa dele”. Já Arthur Feitosa, amigo do jogador, reforçou a conexão com o esporte: “É muito legal estar aqui assistindo um amigo meu jogando, que é o meu sonho também. Jogar no Ferroviário é isso”. E, com brilho nos olhos, Carla concluiu: “Sim, eu quero ser muito jogadora de futebol e espero que realize igual como o dele se realizou. E o meu também vai ser realizado, se Deus quiser”.
O Ferroviário segue investindo em suas categorias de base, ciente de que ali está o futuro do clube. Mais que treinos e jogos, o que se constrói no Elzir Cabral são histórias, vínculos e esperanças. E cada gol marcado pelos meninos do Ferrão é também um passo a mais na direção de um sonho que une atletas, técnicos, familiares e toda uma comunidade apaixonada por futebol.
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Fonte: gcmais.com.br