O terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caminha para alcançar um feito histórico na economia brasileira: registrar a menor inflação acumulada em um período presidencial de quatro anos desde a criação do Plano Real, em 1994. De acordo com projeções do Boletim Focus, do Banco Central, a inflação acumulada entre 2023 e 2026 deve ser de 19,73%, superando a menor marca anterior, de 22,21%, também registrada no segundo mandato do próprio Lula, entre 2007 e 2010.
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A projeção considera os dados oficiais do IBGE para 2023 (4,62%) e a estimativa de 4,83% para 2024, além das previsões de 4,70% em 2025 e 4,27% em 2026. Com isso, o governo Lula 3 se consolidaria como o mais estável em termos inflacionários desde a estabilização da moeda, mantendo os índices dentro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional em todos os anos do mandato.
A marca representa um contraste importante com os governos anteriores. Desde o início do Plano Real, nenhum outro presidente conseguiu encerrar um mandato com inflação acumulada abaixo dos 20%. Fernando Henrique Cardoso teve 43,44% no primeiro mandato e 39,87% no segundo. Dilma Rousseff acumulou 27,03%, Michel Temer 25,64% e Jair Bolsonaro 26,94%, este impactado por efeitos da pandemia e crises externas.
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Vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, destacou o feito nas redes sociais. “O governo do presidente @lulaoficial caminha para ter a menor inflação acumulada desde o Plano Real. Isso significa mais poder de compra e mais oportunidades para todas as brasileiras e todos os brasileiros”, escreveu.
A estabilidade inflacionária é considerada essencial para o crescimento econômico e para a preservação do poder de compra da população. Economistas apontam que a combinação de políticas fiscais responsáveis, controle dos preços administrados e um ambiente internacional menos volátil contribuiu para o cenário atual, apesar de desafios como juros altos e instabilidades no mercado externo.
Ainda assim, o governo segue atento. A equipe econômica trabalha para garantir que a inflação permaneça sob controle até o fim do mandato, especialmente diante de pressões setoriais e de demandas sociais crescentes. A manutenção do equilíbrio entre gastos públicos e metas fiscais será fundamental para sustentar os números positivos.
Se confirmada a projeção, o presidente Lula encerrará seu terceiro mandato com um importante trunfo econômico e um legado renovado na gestão da inflação — um dos indicadores mais sensíveis para a população brasileira. O desempenho reforça sua marca histórica como o único presidente a reduzir continuamente a inflação ao longo de três gestões.
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Fonte: gcmais.com.br
