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Morador que agrediu entregador em Fortaleza é indiciado por tentativa de homicídio

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Morador que agrediu entregador em Fortaleza é indiciado por tentativa de homicídio

A Polícia Civil do Ceará concluiu o inquérito sobre a agressão sofrida pelo entregador Alex Costa Rodrigues, de 50 anos, ocorrida na noite de 10 de agosto de 2025, em um condomínio de luxo no bairro Meireles, em Fortaleza. O morador José Antônio Perez Silveira Filho foi indiciado por tentativa de homicídio, após ser identificado como o autor dos socos e chutes que deixaram o trabalhador com graves ferimentos no rosto. O caso gerou ampla repercussão nas redes sociais e reacendeu o debate sobre violência e discriminação contra profissionais de entrega.

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Durante as investigações, 17 pessoas foram ouvidas, entre policiais militares, moradores do prédio, funcionários da farmácia envolvida e outras testemunhas. O inquérito apontou que as agressões foram intensas e desproporcionais, levando a Polícia Civil a entender que houve intenção de matar. A investigação foi conduzida pelo 2º Distrito Policial (DP), responsável pela área do Meireles.

Com a conclusão do inquérito, o caso foi encaminhado ao Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), que agora decidirá se oferece ou não denúncia formal à Justiça. Caso o MP entenda que há elementos suficientes, José Antônio poderá responder judicialmente por tentativa de homicídio qualificado. Até o fechamento desta matéria, a defesa do acusado não havia se manifestado e nenhum advogado havia se habilitado oficialmente no processo. O espaço segue aberto para posicionamento.

O crime aconteceu na entrada do condomínio onde o agressor mora, no cruzamento das ruas Tomaz Pompeu e Rui Barbosa. Câmeras de segurança registraram o momento em que o entregador é agredido com socos e chutes, após cair no chão. Alex sofreu uma fratura em um osso próximo ao olho e precisou de atendimento médico de urgência. Populares que presenciaram a cena acionaram a Polícia Militar, relatando que um morador do prédio havia agredido um entregador durante uma entrega.

Ao chegarem ao local, os policiais encontraram a vítima caída na calçada, com ferimentos visíveis no rosto e corpo. Alex foi socorrido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu os primeiros cuidados. Testemunhas confirmaram aos agentes que o morador havia iniciado a agressão sem que o entregador esboçasse reação violenta. O suspeito foi conduzido à delegacia, onde prestou depoimento e negou ter agido com intenção de matar, afirmando que teria reagido a uma provocação da vítima.

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De acordo com o Boletim de Ocorrência e o laudo do exame de corpo de delito, as lesões foram classificadas como graves, o que reforçou a decisão da Polícia Civil de enquadrar o caso como tentativa de homicídio. A investigação também descartou a hipótese de legítima defesa, uma vez que o entregador não apresentou comportamento agressivo nem portava qualquer tipo de arma.

A discussão teria começado após um desentendimento sobre a forma de pagamento de uma entrega de medicamentos. Segundo Alex, o cliente quis alterar o pagamento de cartão de crédito para Pix ou dinheiro, o que não é permitido pela plataforma de entregas. Irritado com a recusa, José Antônio passou a ofender o trabalhador e, em seguida, o agrediu fisicamente. Em depoimento, o morador confirmou que bateu no entregador após a negativa, afirmando que “perdeu a cabeça”. O episódio se tornou símbolo da violência enfrentada por profissionais de entrega e segue mobilizando movimentos sociais que cobram punição exemplar.

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Fonte: gcmais.com.br