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Ceará

Policiais cobrem pichação de facção criminosa em Quixeramobim, no interior do Ceará

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Policiais cobrem pichação de facção criminosa em Quixeramobim, no interior do Ceará

Policiais cobriram a pichação de uma facção criminosa no município de Quixeramobim, no interior do Ceará. O registro em vídeo do ato foi publicado nas redes sociais pelo delegado responsável pela Delegacia de Quixeramobim, William Lopes. A ocorrência se deu no distrito de São Miguel.

“Vamos identificar um por um, vão ser presos, mais cedo ou mais tarde. Aqui é a cidade mais tranquila do Ceará e vai continuar sendo. Facção não manda nessa p**** aqui não, quem manda aqui é a polícia”, disse ele no vídeo. “Fazer uma intervenção grande aqui, passar a semana aqui, quero ver picharem novamente. São tudo covardes, só vêm de madrugada, encapuzado”, disse ainda.

Também nas redes, o delegado aparece cobrindo inscrições do grupo criminoso em uma placa de trânsito. As ações são efetuadas juntamente com policiais civis e militares.

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Até o momento, não há registro de prisões dos membros de facção responsáveis pelas pichações.

 

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Como pode ser enquadrado na lei alguém que faz pichação com inscrições de uma facção criminosa em via pública?

No Brasil, a pichação em via pública já é considerada crime ambiental, conforme previsto no artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que prevê sanções para quem depreda ou polui locais públicos. Quando a pichação contém inscrições que fazem alusão a facções criminosas, há uma agravante específica, pois passa a incidir também em outras esferas penais relacionadas ao crime organizado.

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Com a entrada em vigor do novo Projeto de Lei antifacção criminosa (PL 5582/25), ampliado e sancionado recentemente, ações que envolvam a divulgação, promoção ou exaltação de facções criminosas podem ser enquadradas no crime de associação criminosa qualificada. Essa legislação reforça a punição de quem promove, integra ou financia facções, com penas que variam de 8 a 15 anos de prisão, especialmente quando a atuação visa o controle de territórios, como a utilização da pichação para demarcar áreas sob domínio dessas organizações.

Além da tipificação penal, o projeto prevê multas e outras medidas administrativas para coibir atos que incentivem ou justifiquem a atuação das facções, incluindo pichações que exaltem tais grupos, podendo alcançar multas significativas (por exemplo, até R$ 57 mil, conforme propostas recentes em algumas regiões).

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Fortaleza

Em agosto deste ano, uma câmera de segurança flagrou um homem pichando uma parede de um residencial na Avenida Aguanambi, em Fortaleza. Nas imagens é possível ver que o pichador chegou ao local empurrando um carrinho de reciclagem, parou ao lado da parede, retirou um spray de uma sacola e começou a pichação. A ação foi rápida e deixou uma marca visível na parede recentemente pintada, com a inscrição “Gaiato” e uma espécie de assinatura.

Denúncias

A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As informações podem ser direcionadas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, pelo qual podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia ou ainda via “e-denúncias”, o site do serviço 181, por meio do endereço eletrônico: https://disquedenuncia181.sspds.ce.gov.br/.

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Fonte: gcmais.com.br