O preço dos alimentos em Fortaleza registrou alta de 1,38% no mês de outubro, na comparação com a cesta básica de setembro deste ano, puxado principalmente pelos aumentos do feijão e do tomate, conforme divulgou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com isso, o valor total da cesta passou de R$ 686,78 para R$ 677,42.
O tomate registrou a maior alta, na proporção de 11,02% em relação ao mês anterior, enquanto o feijão subiu 3,52%. Outros alimentos, por outro lado, registraram queda no período, como o arroz (3,80%), a farinha (1,65%), o café (2,71%) e a carne (0,41%).
Na variação semestral, no acumulado dos últimos seis meses, Fortaleza registra uma queda de 8% no preço da cesta básica, com diminuições principalmente nos preços do tomate (35,56%) e do arroz (22,22%).
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Com o aumento, o trabalhador que recebe um salário mínimo (R$ 1.518,00) precisou dedicar 99 horas e 32 minutos de sua jornada mensal apenas para garantir os alimentos básicos para uma pessoa adulta – um acréscimo em relação a setembro, quando o tempo necessário era de 98 horas e 11 minutos. O estudo mostra ainda que, após o desconto da Previdência Social, o trabalhador comprometeu 48,91% do salário líquido com a compra da cesta.
O Dieese calcula também que, para sustentar uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças), o gasto com alimentação em Fortaleza chegou a R$ 2.060,34. Nesse cenário, o salário mínimo necessário para cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência seria de R$ 7.116,83, o equivalente a 4,69 vezes o mínimo vigente.
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Comportamento dos preços varia de acordo com o produto, pontua o Dieese
Os produtos de maior peso na variação mensal refletem oscilações típicas do mercado de alimentos. O tomate, que subiu mais de 11% em Fortaleza, acompanhou o movimento observado em várias capitais, segundo o Dieese, devido à menor oferta do produto. Já o feijão, que teve alta de 3,52%, foi impactado por variações regionais na produção e na comercialização.
Por outro lado, a queda do arroz (-3,80%) está associada à ampla oferta e ao recuo das cotações internacionais, enquanto o café, que caiu 2,71%, segue com consumo retraído no mercado interno devido aos preços elevados nos meses anteriores.
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Brasil
Entre as 27 capitais pesquisadas, Fortaleza registrou a sétima maior alta mensal da cesta básica, ao lado de cidades como Porto Alegre (1,49%) e Florianópolis (1,66%). São Luís teve o maior aumento no mês (3,11%).
O valor médio da cesta fortalezense manteve-se abaixo da média nacional – capitais como São Paulo (R$ 847,14) e Florianópolis (R$ 824,57) apresentaram os maiores custos. Já entre as cidades nordestinas, Fortaleza ficou com uma das cestas mais caras, atrás apenas de Recife (R$ 608,03) e Salvador (R$ 606,39).
Apesar da leve recuperação dos preços de alguns itens, o custo da alimentação continua elevado em relação à renda do trabalhador. O levantamento indica que o peso dos alimentos essenciais no orçamento permanece acima de 40% em todas as capitais pesquisadas.
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Fonte: gcmais.com.br












