Início » Blog » Tecnologia criada no IFCE pode ajudar na prevenção de incêndios em vegetação
Ceará

Tecnologia criada no IFCE pode ajudar na prevenção de incêndios em vegetação

tecnologia-criada-no-ifce-pode-ajudar-na-prevencao-de-incendios-em-vegetacao
Tecnologia criada no IFCE pode ajudar na prevenção de incêndios em vegetação

Uma tecnologia desenvolvida no laboratório de informática do Instituto Federal do Ceará (IFCE), campus Caucaia, promete revolucionar a prevenção e o monitoramento de incêndios em vegetação. Criado inteiramente por estudantes, o sistema utiliza inteligência artificial para prever, detectar e acompanhar focos de calor, além de vigiar áreas vulneráveis ao desmatamento.

O diretor do IFCE em Caucaia, Jarbas Rocha Martins, explica que o objetivo da iniciativa é amplo: “Esse projeto, ele tem o objetivo de desenvolver tecnologias que utilizam inteligência artificial para solucionar os problemas mais diversos do município, da sociedade, como um todo.”

O projeto, batizado de Eco Brasil, atua em duas frentes. A primeira é a antecipação de incêndios, realizada a partir da análise de dados ambientais como temperatura, umidade do ar e velocidade do vento. O sistema interpreta padrões e identifica locais com maior risco de ignição, oferecendo a bombeiros e brigadistas a possibilidade de agir antes que o fogo comece.

>>>Clique aqui para seguir o canal do GCMAIS no WhatsApp<<<

A segunda frente é a vigilância permanente contra o desmatamento. A inteligência artificial monitora parques, reservas e terras indígenas, emitindo alertas automáticos quando um processo de desmatamento é iniciado, funcionando como um “olho digital” ativo 24 horas por dia.

Segundo o estudante, pesquisador e programador Rondney Oliveira, o programa foi desenvolvido com bases de cálculos, estatísticas e inteligências artificiais com várias bibliotecas em Python – “e isso é um código robusto que vai se definir em previsões”, explica.

O colega de equipe, Gabriel Cordeiro, detalha o treinamento da IA: “A gente faz uma análise, um treinamento em si com a IA sobre mostrar os focos possíveis e dependentes da região, o Cerrado, o Amazonas, o Pantanal, e exatamente isso, mostrar esses focos.”

>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<

O Eco Brasil será apresentado a uma banca composta pela Universidade de São Paulo (USP), por uma empresa de tecnologia e por um laboratório do setor. Em caso de premiação, o projeto poderá seguir para o desenvolvimento de startups, abrindo caminho para aplicação real do sistema.

A motivação inicial do trabalho também passou por questões sociais. “A ideia do projeto surgiu, primeiramente, como uma forma de ajudar as tribos indígenas contra invasões, queimadas, mineração ilegal… Mas a gente resolveu mudar só um pouco o foco e priorizar as queimadas em si e abrangendo para toda a população do território brasileiro”, conta o estudante Guilherme Cavalcante.

>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<

Para o diretor Jarbas Rocha Martins, a tecnologia tem potencial de uso imediato por diferentes setores: “Eu acredito que esse pode ser um projeto que pode ser aproveitado pelo governo municipal, pelo governo estadual, pelas empresas privadas de um todo, para que então essa tecnologia seja bem aplicada e seja revestida de fato em benefícios para o município, para a sociedade.”

Incêndios em vegetação

Incêndios em vegetação costumam se intensificar no segundo semestre do ano, período historicamente mais seco em várias regiões do Brasil, o que favorece a propagação das chamas. Em 2025, dados do Corpo de Bombeiros do Ceará indicam que, embora tenha ocorrido uma queda significativa no número de incêndios no primeiro semestre – com 481 ocorrências contra 1.070 em 2024, uma redução de 55,05% – o alerta permanece para a chegada da estação seca e o aumento do risco de queimadas.​

Leia também | Incêndio é registrado em área de vegetação na Avenida Osório de Paiva, em Fortaleza

Fonte: gcmais.com.br