“Se for preso, Bolsonaro pode não ficar vivo”, diz Nikolas Ferreira após visitar ex-presidente

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou nesta sexta-feira (21) que, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro seja preso, ele pode não conseguir sobreviver no presídio. A declaração foi feita após Ferreira visitar Bolsonaro, em prisão domiciliar no condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, há 109 dias, com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, três meses depois de solicitar a visita.

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Durante o encontro, Nikolas relatou que Bolsonaro apresenta dificuldades físicas decorrentes da facada sofrida em 2018, incluindo crises de soluço e noites sem dormir. “Está com uma crise forte de soluço. Inclusive, nesta noite praticamente não dormiu — bastante soluço. A situação está muito difícil. Tudo isso é decorrente de uma facada”, disse o parlamentar. Ele ressaltou que não há como prever o que poderia acontecer caso o ex-presidente fosse para um presídio: “Pode ir para a cadeia amanhã e, depois, morrer; ninguém sabe o que pode acontecer.”

O deputado também destacou que a visita contou com a presença de Flávio e Carlos Bolsonaro, e que questões políticas nacionais foram discutidas. Apesar do cenário de indefinição, Nikolas evitou comentar sobre possíveis candidaturas, incluindo a dele próprio ao governo de Minas Gerais, focando nas condições de saúde e segurança de Bolsonaro.

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Além das questões de saúde, Nikolas Ferreira criticou o sistema judiciário e questionou os processos em andamento contra o ex-presidente. Ele apontou que, nas investigações sobre organização criminosa armada, não houve coleta de armas de fogo, mencionando ainda a presença de vendedores ambulantes nos eventos investigados como um fator a ser considerado.

As declarações de Nikolas Ferreira reacendem o debate sobre a situação jurídica e física de Bolsonaro, enquanto ele permanece em prisão domiciliar, com o cenário político e judicial ainda cercado de incertezas e tensão. O episódio evidencia as preocupações de aliados sobre a segurança do ex-presidente em caso de eventual prisão.