As obras de requalificação da Praça do Dragão do Mar, um dos espaços mais simbólicos da vida cultural de Fortaleza, seguem em andamento e devem ser terminadas até janeiro de 2026, conforme informado. As obras já ultrapassam R$ 5 milhões em investimentos.
O projeto prevê a modernização de mais de 24 mil metros quadrados do entorno. Embora ainda não esteja concluída, parte dos tapumes foi retirada para a realização de dois grandes eventos, conforme explica a secretária de Cultura do Estado, Luiza Cela.
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“Pouco antes da Expo Favela, que aconteceu no dia 21 e 22 de novembro, a gente retirou os tapumes porque já havíamos combinado com a Curva de receber esse evento ali na praça”, diz ela, ao falar com a equipe de reportagem da TV Cidade Fortaleza. Segundo ela, as melhorias em si já foram concluídas e a equipe trabalha agora na instalação de mobiliário urbano – como bancos e lixeiras –, além do paisagismo e de intervenções urbanísticas.
Ela também destacou que a Prefeitura iniciará o entorno em intertravado: “iniciou já ali na descida da [Avenida] Dom Manuel. Vai parar agora porque nós vamos receber um outro grande evento”. De acordo com ela, ainda faltam a finalização dos bancos, a instalação da Brinquedopraça e da Academia ao Ar Livre.
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Permissionários
A reabertura parcial da praça, no entanto, prevê a retirada de 39 permissionários, entre food trucks e barracas de drinks, muitos deles com mais de duas décadas de atuação no local. Para trabalhadores como Ana Maria Barros, o impacto é direto: “vamos trabalhar onde? A gente precisa deles para se sustentar. São 14 trailers, 14 famílias”. Ela relata que o grupo já havia sido realocado anteriormente e agora enfrenta nova incerteza: “eles tiraram 14 famílias de onde nós estávamos trabalhando lá, aí colocaram para cá e agora diz que a gente tem que sair. E a gente quer uma solução”.
No trecho onde os trailers costumam se alinhar todas as noites, o clima é de insegurança. Sem garantia de permanência e contrários ao novo destino proposto, os permissionários afirmam que não irão deixar a área voluntariamente, temendo a perda da clientela que vem das casas de shows do entorno.
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Para muitos, a saída representaria o fim do único meio de sustento familiar. Maria Aparecida Pedro reforça essa posição: “a gente pretende não sair daqui. Se for pra gente tirar mesas e cadeiras, trabalhar só com banquinhos, nós vamos trabalhar, nós queremos trabalhar, somos 14 famílias que dependem daqui”.
A Secretaria de Cultura do Estado, responsável pela obra, afirma que o projeto busca fortalecer a cultura, impulsionar o turismo e apoiar empreendedores locais, mas ressalta que o ordenamento da praça é necessário. Já a Secretaria Regional 12 justificou a retirada alegando que os pontos comerciais estariam instalados de forma irregular. O governo, entretanto, afirma que o poder público segue “em tratativas” e permanece aberto ao diálogo com os permissionários na tentativa de construir um consenso.
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Fonte: gcmais.com.br











