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No Ceará, Lula faz discurso duro contra agressores: “Homem que bate na mulher não precisa votar em mim”

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No Ceará, Lula faz discurso duro contra agressores: “Homem que bate na mulher não precisa votar em mim”

Durante discurso nesta quarta-feira (3), na entrega de unidades da Carteira Nacional Docente, no Centro de Eventos do Ceará, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma defesa enfática do combate à violência contra a mulher e afirmou que pretende liderar um movimento nacional envolvendo todos os poderes da República e, especialmente, os homens.

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Lula destacou que é preciso uma mudança urgente de comportamento e rejeitou qualquer forma de conivência masculina com agressões. “Nós, homens que temos caráter, dignidade e tratamos as mulheres com respeito, não podemos aceitar que alguém ligado a gente seja violento contra a mulher. Nós não podemos”, afirmou.

O presidente relembrou ensinamentos de sua mãe para reforçar o repúdio à violência doméstica. “Minha mãe dizia: ‘Meu filho, se um dia você tiver que levantar a mão para bater na sua mulher, vá embora de casa, porque essa mão não foi feita para bater. Foi feita para trabalhar e fazer carinho na pessoa que a gente ama’.”

Aos 80 anos, Lula disse estar disposto a liderar “o movimento dos homens que prestam nesse país”, defendendo que proteger mulheres não significa cuidar apenas das próprias familiares, mas de todas. “Defender as mulheres significa não defender só a nossa. É defender a mãe do outro, a filha do outro, a nora do outro. Proteger qualquer pessoa que seja vítima de violência é um compromisso nosso”, afirmou.

Em tom firme, Lula ainda afirmou que agressores não são bem-vindos em seu projeto político. “Eu tenho coragem de dizer, na época da eleição: o vagabundo que bate na mulher não precisa votar no Lula, porque esse voto não presta.”

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Mais cedo, o presidente defendeu a ampliação do acesso à educação como política central de combate às desigualdades no Brasil – “quero que o ajudante de pedreiro possa ter o direito de colocar o filho dele para ser engenheiro”, disse ele, na ocasião.

Lula destacou que não teve chance de cursar a universidade e que isso impulsiona seu compromisso com políticas educacionais inclusivas. “O meu problema é que pelo fato de eu não ter tido oportunidade de estudar, eu quero me vingar da minha história. Eu quero que todas as pessoas iguais a mim e mais pobres do que eu tenham o direito de fazer a universidade”, afirmou.

Lula ressaltou que a formação profissional e técnica é fundamental para garantir dignidade no mercado de trabalho. “Todo mundo tem que ter oportunidade de ter um diploma universitário, de ter um diploma técnico, de ter uma profissão, porque eu sei o valor de uma profissão. Eu sei o que é um trabalhador sem profissão procurar emprego”, afirmou. Ele também destacou a vulnerabilidade de jovens em busca da primeira oportunidade. “Eu sei o que é o valor de uma menina de 16, 17, 18, 20 anos procurar emprego se ela não tem profissão. Eu sei os abusos que ela sofre. Eu sei as cantadas que ela sofre atrás do emprego. Eu sei a humilhação que ele sofre.”

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Fonte: gcmais.com.br