O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se pronunciou nesta terça-feira (9) após o episódio envolvendo a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da cadeira da Presidência. A ação resultou no corte do sinal da TV Câmara, na expulsão da imprensa das galerias e em um tumulto no Salão Verde, aumentando a pressão política sobre Motta e acirrando tensões dentro da Casa.
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Em tom firme, o presidente criticou a postura de Glauber, que permaneceu cerca de uma hora na cadeira presidencial como forma de protesto antes da votação de sua cassação. Motta afirmou que o gesto não será tolerado novamente e ressaltou que a Mesa Diretora deve ser respeitada: “A cadeira não pertence a mim, ela pertence à República e à democracia. Deputado pode muito, mas não pode tudo.”
A Polícia Legislativa foi acionada para retirar o parlamentar, o que provocou empurrões, acusações de agressão e indignação com o fechamento repentino do plenário para jornalistas. A medida levou partidos da base e da oposição de esquerda a acusarem Motta de ferir o regimento da Câmara e criar um precedente perigoso ao impedir a cobertura da imprensa.
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Glauber Braga, ao ser retirado, afirmou que permaneceria “até o limite das forças” e acusou o presidente da Câmara de adotar um tratamento distinto do aplicado a bolsonaristas que ocuparam a Mesa Diretora em 2023, que não foram removidos à força. Após deixar o plenário, o parlamentar buscou atendimento médico e reiterou que sua retirada foi arbitrária.
Hugo Motta rebateu as críticas e defendeu sua atuação afirmando que sua responsabilidade é garantir a ordem e assegurar o funcionamento regular da Casa: “O presidente da Câmara não é responsável pelos atos que levaram as cassações ao plenário, mas por garantir a ordem. Eu não permitirei que regras sejam rasgadas.” O tumulto aumentou a incerteza sobre as votações previstas para a noite, incluindo o PL da Dosimetria — que pode reduzir a pena de Jair Bolsonaro — e o projeto do devedor contumaz, ambos de interesse do governo e agora sob risco de adiamento.
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Fonte: gcmais.com.br











