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Estudante e marido socorrem bebê baleada em praça: “parou de respirar uns segundos”

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Estudante e marido socorrem bebê baleada em praça: “parou de respirar uns segundos”

A estudante Victória Lima, de 21 anos, socorreu a bebê que foi baleada em uma praça de Fortaleza na última sexta-feira (14) e o pai desesperado que segurava a criança nos braços. Ela e o marido levaram de carro a bebê de apenas nove meses para o Instituto Dr. José Frota (IJF), onde fez uma cirurgia.

Ao falar sobre o ocorrido com a equipe de reportagem da TV Cidade Fortaleza, ela narrou momentos de tensão para chegar até a unidade de saúde. “A gente não estava nem sentindo ela respirar direito e o pai começou a se desesperar: ‘não, minha filha não está respirando, minha filha não está respirando’. Aí ela voltou a respirar de novo, direitinho, e foi o tempo que a gente conseguiu chegar no IJF.”

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As dificuldades, no entanto, não acabaram nesse momento. Victória conta que, ao chegar perto do hospital, havia movimento intenso de carros, empatando a passagem. “A gente pedindo, gritando ‘dá licença, deixa a gente passar com o carro, a gente está com uma criança baleada, uma criança, por favor’, e o pai da criança gritando e ninguém abria caminho”, relata. Com isso, decidiram sair do carro e correr com a criança nos braços. Chegando no IJF, a bebê foi atendida imediatamente.

“Eu falei com os pais, todo dia eu falo com eles, e falei que se eles precisarem de fralda, de roupinha, de qualquer coisa, entrem em contato, até porque muita gente se ofereceu a ajudar. Ajuda médica, ofereceram roupa, fralda, alimento, tudo. Aí a gente ofereceu para ajudar, porque eles são bem humildes, então isso vai ser bom também”, conta ela.

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O caso

A bebê de nove meses foi baleada em um tiroteio que ocorreu na última sexta-feira (14), em uma praça no bairro Joaquim Távora. Imagens de uma câmera de segurança mostram que o local estava lotado, com várias pessoas sentadas em mesas e comendo. No momento do tiroteio, houve intenso movimento, com as pessoas levantando e correndo do local.

Nesse momento, Victória e o marido chegaram para ver o ocorrido e verificar se alguém estava precisando ser socorrido. Encontraram o pai da criança, pedindo carona para uma unidade hospitalar, porque estava com uma bebê baleada, atingida por bala perdida. Na ocasião, por volta das 22h, o homem que seria o alvo dos atiradores foi atingido e morreu no local.

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Victoria conta que, após o tiroteio, ela e o marido foram abordados por um homem que segurava “um paninho amarelo cheio de sangue”. “A gente ficou olhando sem entender e ele [falou]: ‘É carona? Pode me dar carona para o hospital? A minha bebê foi atingida com um tiro na cabeça’. Foi um baque”, detalhou a jovem.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que as polícias Civil e Militar realizaram uma operação conjunta e localizaram três suspeitos de participar da troca de tiros no bairro Joaquim Távora. No confronto com os policiais, dois dos suspeitos foram presos e um foi morto.

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A SSPDS ainda pede à população que auxilie nas investigações com informações e denúncias que podem ser feitas de forma anônima, sem a necessidade de identificação nos telefones 181 e (85) 3101-0181 (WhatsApp), da Secretaria, ou ainda no (85) 3257-4807 (WhatsApp), do Departamento.

Fonte: gcmais.com.br