As internações de idosos devido à Covid-19 continuam a ser um destaque preocupante no cenário de saúde do Ceará. De acordo com dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o vírus tem sido a principal causa de internações por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs) nessa faixa etária.
O boletim Infogripe da Fiocruz, publicado na última semana, já havia destacado essa tendência, além de alertar para o aumento das internações de crianças por Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Além do Ceará, os estados do Piauí e Amazonas também foram fortemente impactados pela incidência do vírus entre os dias 30 de junho e 6 de julho.
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“Chamamos atenção para uma leve atividade do vírus no Norte e Nordeste, com especial destaque para o Amazonas, Ceará e Piauí, onde a maioria das internações por SRAG em idosos nas últimas semanas foi causada por Covid-19”, afirmou Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz).
Carlos Garcia, orientador da Célula de Vigilância e Prevenção de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), atribui o aumento das internações a novas variantes do coronavírus, que estão em constante evolução. “Como existem possibilidades de mutação e novas variantes do vírus, é uma vacina que sempre precisa ser atualizada. Uma vacina em que a gente vai precisando fazer uso periodicamente e em intervalos mais curtos, como a da influenza”, explicou Garcia.
Brasil apresenta sinais de estabilização em síndromes respiratórias
Além do cenário de Covid-19 no Norte e Nordeste, o quadro geral das SRAGs no Brasil tem apresentado diferentes padrões. A incidência e mortalidade do VSR permanecem altas entre crianças até dois anos de idade. No Sudeste, o rinovírus, causador dos resfriados comuns, continua a crescer.
Apesar desses aumentos regionais, o espectro geral das SRAGs no país apresenta um momento de estabilização. “No cenário nacional, há sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas) nos casos de SRAG. A diminuição da SRAG no agregado nacional se deve a uma queda ou interrupção no crescimento das SRAG por VSR e influenza A em muitos estados, embora ainda estejam em ascensão em outros”, observou a pesquisadora da Fiocruz.
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Fonte: gcmais.com.br