Neste dia 27 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos, uma data que reforça a importância da conscientização e do gesto de solidariedade que pode salvar muitas vidas. No Brasil, milhares de pessoas aguardam ansiosamente por uma nova chance, e a doação de órgãos é fundamental para oferecer essa oportunidade de recomeço.
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Um exemplo emocionante é a história do aposentado Wellington de Sousa, que passou 25 anos convivendo com o comprometimento das funções renais. A luta contra a doença se intensificou em 2013, quando precisou iniciar o tratamento de hemodiálise. Cinco anos depois, Wellington recebeu a notícia que transformou sua vida: um novo rim estava disponível para transplante.
“Às três da manhã essa notícia chegou para mim. Foi de cortar o coração de emoção. Realizar o transplante foi um sucesso. Hoje eu estou de vida nova, eu nasci de novo”, conta, emocionado.
Para marcar a data, o Hospital Geral de Fortaleza realizou uma ação especial em parceria com a campanha Doe de Coração, que busca sensibilizar a sociedade sobre a importância de ser um doador. “A conscientização da família é essencial. É importante que eles entendam que esse órgão será bem cuidado, que há uma equipe capacitada e que todo o processo é muito organizado e criterioso para garantir que o órgão chegue ao paciente que realmente precisa”, destaca o gastroenterologista João Lucas Simões.
De janeiro a 23 de setembro deste ano, o Ceará realizou 913 transplantes de córneas, 177 de fígado, 136 de rins, 25 de coração e dois de pulmão. Esses números refletem o esforço de toda uma rede de profissionais e voluntários comprometidos em transformar a dor de uma perda em esperança para outras famílias.
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O Comitê Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante desempenha um papel crucial nesse processo. Com uma equipe disponível 24 horas por dia, dois enfermeiros em plantão fazem a busca diária em unidades de saúde para identificar potenciais doadores. “Damos tempo para a família pensar, fazemos reuniões para esclarecer todos os passos e garantir que eles estejam confortáveis com a decisão”, explica a coordenadora de Doação de Órgãos, Márcia Vitorino.
A Defensoria Pública do Estado também é parceira nesse trabalho. Um grupo de 14 defensores está de plantão para resolver demandas jurídicas que possam surgir durante o processo de doação. “Sempre que a central de transplantes se depara com um potencial doador e há algum entrave jurídico, o defensor de sobreaviso é acionado para prestar orientações e tentar solucionar o caso da forma mais rápida possível”, afirma o coordenador de Defensorias, Manfredo Rommel.
Um gesto de amor que multiplica vidas
A campanha Maria Sofia, apoiada pelo Grupo Cidade de Comunicação, é um exemplo de como a doação de órgãos pode transformar vidas. A influenciadora digital cearense não resistiu a um transplante de fígado, mas seu desejo de ajudar o próximo foi atendido pela família, que autorizou a doação de quatro órgãos. Esse gesto de amor e generosidade representa a esperança de recomeço para quem aguarda por um transplante.
Como ser um doador
Para ser um doador de órgãos, não é necessário deixar nada registrado em documentos. Basta comunicar à família esse desejo, pois são os familiares que tomarão a decisão final em caso de morte encefálica. A doação pode envolver múltiplos órgãos, como coração, fígado, rins, pâncreas e pulmões, além de tecidos como córneas e pele.
Neste Dia Nacional de Doação de Órgãos, o convite é para que cada pessoa reflita sobre a importância desse ato de solidariedade. A doação de órgãos é, literalmente, a chance de oferecer uma nova vida a quem espera por um milagre.
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Fonte: gcmais.com.br