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Após tarifa de 50% dos EUA, governo pode comprar peixes do Ceará para merenda escolar

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Após tarifa de 50% dos EUA, governo pode comprar peixes do Ceará para merenda escolar

O Governo Federal avalia a possibilidade de subsidiar a produção de micro e pequenos empreendedores brasileiros que seriam afetados pelas novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A medida, segundo o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, visa evitar prejuízos com a exportação de produtos perecíveis, redirecionando parte da produção para consumo interno. Em uma das medidas, o governo pode redirecionar peixes do Ceará para merenda escolar

Durante entrevista concedida nesta quarta-feira (30) ao programa Bom Dia, Ministro, transmitido pelo Canal Gov, França destacou o caso dos pescados cearenses, como atum, camarão e lagosta, que têm os EUA como principal destino e agora enfrentam uma taxação de 50% anunciada pelo presidente Donald Trump. O ministro classificou a ação como uma forma de “boicote” e defendeu que, diante da dificuldade de realocar esses produtos em novos mercados, o governo deve atuar para evitar perdas.

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“Mais de 50% das exportações de peixe do Ceará vão para os Estados Unidos. São produtos sofisticados e perecíveis. É difícil reencaixá-los no mercado. Armazenar peixe, por exemplo, pode sair mais caro que o próprio produto. Por isso, sugerimos que esses itens possam ser comprados e destinados à merenda escolar ou a programas como o Ceará Sem Fome”, explicou.

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França afirmou que já apresentou a proposta ao vice-presidente Geraldo Alckmin e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é que, por se tratar de valores relativamente baixos, o subsídio seja viável financeiramente. Atualmente, cerca de 20 mil pequenos empreendedores brasileiros exportam para os Estados Unidos, representando 0,8% dos US$ 40 bilhões em exportações anuais.

Segundo o ministro, o apoio seria provisório, até que os produtores consigam se inserir em novos mercados. “Tem que estar preparado para tudo. Quando você trata com gente normal, usa medidas normais. Quando você trata com doidice… tem que tentar amenizar os impactos”, concluiu, em referência às dificuldades de negociação com o governo norte-americano.

A proposta ainda está em análise e novas definições devem ser discutidas nas próximas semanas.

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Fonte: gcmais.com.br