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Bioinsumos ganham força como alternativa sustentável para elevar a produtividade no campo

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Bioinsumos ganham força como alternativa sustentável para elevar a produtividade no campo

Diante das condições climáticas desfavoráveis do Ceará — cenário que tende a se agravar com as mudanças climáticas —, tecnologias sustentáveis têm se tornado essenciais para o desenvolvimento da agricultura, especialmente a familiar. Entre essas soluções, destacam-se os bioinsumos, produtos de origem biológica capazes de reduzir custos, melhorar a produtividade e minimizar impactos ambientais. Os bioinsumos vêm conquistando espaço no campo cearense, onde a seca e o solo pobre em nutrientes impõem desafios históricos aos produtores.

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Para ampliar o uso correto dessas tecnologias, a Embrapa promove o curso Inovações Tecnológicas para o Uso Racional do Bioinsumos, reunindo técnicos de todo o país. Segundo o pesquisador da instituição, Wardson Borges, “o curso tem como objetivo viabilizar a integração entre ciência, tecnologia, inovação e gestão eficaz, além de promover avanços nas pesquisas e trocas de experiências para uma aplicação mais moderna e eficaz na produção agrícola”.

Ele lembra que o trabalho da Embrapa com bioinsumos é histórico: “A Embrapa foi criada em 1973 e, desde a sua origem, já trabalhava com bioinsumos. O maior caso de sucesso é a fixação biológica de nitrogênio em soja, que tornou o cultivo da cultura viável economicamente no Brasil”.

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Durante o curso, os participantes aprendem técnicas aplicadas a culturas como banana, caju, soja e feijão, além de métodos da agricultura de precisão que envolvem o uso racional de água e nutrientes. O professor da Unilab, Geocleber Sousa, destaca a relevância do tema para o semiárido:

“Hoje a gente trouxe algo importante para a região, não só bioinsumos, mas também o uso da água salobra, utilizada pela maioria dos irrigantes. Sempre de forma responsável, observando a tolerância das culturas. Associamos a essa água biofertilizantes e micro-organismos que ajudam a atenuar o estresse hídrico e salino”.

A necessidade de inovação contínua também é reforçada pela professora doutora da UFMG, Silvia Nietsche, que lembra o avanço acelerado da área: “Os insumos biológicos vêm sendo pesquisados há décadas, mas nos últimos 20 anos despertaram atenção especial da sociedade e do setor produtivo. Eles trazem muitos benefícios à produção, com menores impactos ambientais e retorno ao produtor na mesma magnitude dos insumos químicos, além de mais qualidade de vida à população”. Para especialistas e agricultores, os bioinsumos representam hoje uma das alternativas mais promissoras para produzir mais, com menos impacto e maior sustentabilidade no campo.

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Fonte: gcmais.com.br