As campanhas de conscientização sobre doação de órgãos têm contribuído de forma significativa para diminuir a recusa das famílias em autorizar o procedimento. Atualmente, cerca de 45% das famílias entrevistadas ainda não permitem a doação, mas esse número tende a cair à medida que ações educativas, histórias reais e políticas públicas reforçam a importância do gesto.
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Um dos exemplos mais marcantes é a história de Maria Sofia, jovem cearense que faleceu após complicações de um transplante de fígado. Mesmo diante da dor, a família decidiu seguir sua vontade expressa em vida e autorizou a doação de quatro órgãos, ajudando a salvar outras vidas.
Para a vice-presidente da Associação dos Pacientes Renais do Estado do Ceará (ASPRECE), Regina Ripardo, campanhas como essa são essenciais. Ela mesma viveu a experiência de um transplante ainda criança, aos 9 anos.
“Com 12 anos, meu rim entrou em falência, e tive que iniciar hemodiálise para sobreviver. Depois de seis anos do transplante, fui diagnosticada com uma doença rara e precisei de novo tratamento”, contou. Regina reforça que doar órgãos é um ato de humanidade e solidariedade, e acredita que quanto mais as pessoas forem informadas, mais estarão preparadas para tomar decisões em momentos difíceis.
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A cardiologista Klebia Castelo Branco destaca a importância da comunicação com os familiares de possíveis doadores.
“Uma conversa clara, respeitosa e transparente pode aumentar muito o número de autorizações”, afirma.
O Ministério da Saúde anunciou que, a partir de 2026, vai investir R$ 20 milhões por ano na formação de equipes especializadas para esse tipo de abordagem. Além disso, haverá ampliação das campanhas nacionais e aumento de 81% nos recursos destinados a substâncias que ajudam na preservação dos órgãos.
Em 2024, o Brasil realizou 30.300 transplantes, mas ainda há cerca de 80 mil pessoas na fila. Para os especialistas, educação e empatia são os caminhos para transformar esses números e salvar mais vidas.
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Fonte: gcmais.com.br