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Ceará registra 154 mil mortes por doenças circulatórias ao longo dos últimos 10 anos

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Ceará registra 154 mil mortes por doenças circulatórias ao longo dos últimos 10 anos

O Ceará registrou mais de 154 mil mortes por doenças circulatórias ao longo dos últimos dez anos, com o infarto do miocárdio permanecendo como a principal causa dos óbitos. Somente no ano passado, 15.947 pessoas perderam a vida em decorrência dessas enfermidades, das quais 5.484 tinham entre 30 e 69 anos – o maior número de mortes consideradas prematuras na última década, no estado.

Entre os casos recentes está o de Itamar Chaves, militar da reserva, que sofreu um infarto aos 65 anos. Após uma semana apresentando sintomas semelhantes aos de azia, ele buscou atendimento cardiológico e foi levado diretamente à UTI. “Eu passei 21 dias na UTI e fiz uma cirurgia de revascularização do miocárdio, porque eu tinha nove obstruções na irrigação do coração nessa área, então não tinha como colocar stents. Aí foi feita a cirurgia aberta”, relatou.

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Sintomas de doenças circulatórias podem evitar mortes no Ceará; confira os sinais

Especialistas alertam para sinais que podem indicar o início de um infarto. De acordo com Danielli Lino, coordenadora do Serviço de Cardiologia do Hospital de Messejana, o principal sintoma é a dor no peito. “É uma dor geralmente aqui no meio do tórax, que pode ir para o braço esquerdo, esse é o mais tradicional. Mas existem as populações idosas, mulheres, diabéticos, podem ter sintomas um pouco diferentes. Por exemplo, às vezes uma queimação que eles falam, assim, na boca do estômago, uma dor na mandíbula, um mal estar, uma sudorese inexplicada de repente, uma dor que vai para as costas.”

Com o aumento de casos entre pessoas mais jovens, a médica reforça a necessidade de acompanhamento regular. “A partir dos 30, 35 anos de idade, principalmente se você tiver uma história familiar ou já tem algum diagnóstico desses fatores, você precisa fazer avaliações anuais à sua saúde cardiovascular”, explica. Ela destaca que, mesmo antes dessas idades, é importante uma visita anual ao cardiologista ou ao seu médico de família, “porque hipertensão, diabetes, problemas de colesterol, elas são silenciosas. Elas, quando dão sintoma, geralmente é para esses eventos, um AVC, um infarto.”

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A cardiologista também pontua que o cenário mudou e a incidência de infartos e AVCs já não está limitada ao envelhecimento:

“Antigamente, a gente relacionava muito esses infartos e AVCs à pessoa envelhecer, ao envelhecimento, aos nossos avós terem um infarto. E realmente é uma realidade. Hoje, nas portas de emergência, a gente vê pacientes de 30, 40 anos sendo admitidos com infarto. E a gente tem vários aspectos, não tem uma culpa específica. Primeiro, esses pacientes mais novos estão sendo submetidos aos fatores de risco mais cedo. São pacientes hipertensos, diabéticos, obesos, com problemas de colesterol. porque estão submetidos a uma vida mais estressante, piora da qualidade do sono, hábitos alimentares ruins já muito cedo, desde a infância.”

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A predisposição genética e o estilo de vida também influenciam diretamente no risco. No caso de Itamar, o histórico familiar se somava ao tabagismo e à alimentação gordurosa. Hoje, após a cirurgia, ele mantém acompanhamento médico e adotou novos hábitos.

“A alimentação mudou totalmente, né? Então eu evito o que foi indicado por ele, açúcares, gorduras. A minha alimentação hoje em dia, a base de carboidratos também bem, bem solecada, bem mais amena. E sigo as orientações que o médico passou. E tô levando uma vida normal”, disse ele, ao falar com a TV Cidade Fortaleza.

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Fonte: gcmais.com.br