O Ceará registrou, em 2023, o menor número de nascimentos dos últimos 24 anos. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram contabilizados 110.128 nascidos vivos no estado no ano passado — número 0,8% menor do que em 2022, quando houve 111,2 mil registros.
O patamar é o mais baixo desde 2001, quando o Ceará teve 95.332 nascimentos. A retração acompanha uma tendência nacional de queda na taxa de natalidade e fecundidade, intensificada por fatores como transformações sociais, mudanças no perfil das famílias e os reflexos da pandemia de Covid-19.
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Segundo o IBGE, houve cerca de 17 mil nascimentos a menos do que a média anual registrada entre 2015 e 2019, período pré-pandemia.
Perfil das mães e sazonalidade dos nascimentos
A análise dos dados também revela mudanças no perfil das mulheres que estão se tornando mães. Em 2023, 25% das mães tinham entre 25 e 29 anos, demonstrando uma tendência de postergar a maternidade. Grupos mais jovens, como mulheres de até 19 anos e entre 20 a 24 anos, vêm gradualmente perdendo participação nos registros de nascidos vivos.
Quanto à sazonalidade, maio foi o mês com maior número de nascimentos no Ceará. A concentração no primeiro semestre do ano repete o padrão observado em anos anteriores.
Outros dados do Registro Civil no Ceará em 2023
- Mortes:
O número de óbitos caiu 6,7% em comparação a 2022, o que representa 4,1 mil mortes a menos.
Mais da metade das mortes (54,4%) ocorreu entre pessoas com 70 anos ou mais. - Casamentos:
Houve um aumento de 2% no número de casamentos civis em relação ao ano anterior. A alta segue uma tendência de crescimento iniciada em 2021.
Entre os casamentos civis homoafetivos, 60% das uniões foram entre mulheres.
A população também está se casando mais tarde:- 34,1% das mulheres se casaram com 35 anos ou mais
- Entre os homens, esse percentual foi de 41,8%
- Divórcios:
O estado teve uma queda de 1,4% no número de divórcios em 2023, mantendo a sétima menor taxa de divórcios do país.
Em 42,6% dos casos, os divórcios ocorreram em famílias com filhos menores de idade.
A guarda compartilhada foi adotada em 34,8% dos divórcios, um crescimento expressivo frente aos 5,6% registrados em 2014.
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Fonte: gcmais.com.br