O que era para ser mais um dia comum na vida do porteiro Yago Paiva, de 26 anos, morador do Ceará, se transformou em um verdadeiro pesadelo. Ele foi preso em casa, de forma inesperada, acusado de um assalto ocorrido no Rio de Janeiro — a mais de 2 mil quilômetros de distância — por conta do uso indevido de seus dados pessoais em uma fraude que vinculava seu nome a um crime que não cometeu.
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O crime que motivou a prisão aconteceu em 10 de outubro de 2024, no bairro Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro. Um entregador dos Correios foi assaltado por criminosos em dois veículos. A investigação da polícia fluminense chegou até Yago por meio de um cadastro no aplicativo Uber, ligado a um dos automóveis usados na ação criminosa. No entanto, a conta havia sido criada com documentos falsificados em nome do jovem, confirmando que ele foi vítima de um roubo de dados.
Durante cinco dias, Yago esteve detido no presídio de Aquiraz, no Ceará, enquanto a família e amigos mobilizavam esforços para provar sua inocência. O pai, Lailtson Paiva, emocionado, declarou: “É um momento que você fica sem chão. Não desejo isso pra ninguém, pois a injustiça dessa aí pra… Para a gente é complicado. O que a gente mais pedia era a Deus mesmo para que cuidasse dele lá dentro, né? Que as pessoas entendessem realmente que ele não tinha culpa.”
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Já o tio, Evandro Paiva, também refletiu sobre a situação: “Infelizmente é o trabalho dos policiais, mas às vezes ele não sabe quantos estavam lá dentro antes, bem antes, que não puderam ter essa sorte, que pagaram por um crime que não cometeram.”
Com a apresentação de provas de que Yago estava no Ceará no momento do crime, a Justiça do Rio de Janeiro reconheceu o erro e determinou sua libertação imediata. Madson Silva, amigo do jovem, falou com emoção:
“Ficamos muito satisfeitos, muito felizes de ver ele livre. Foi uma emoção imensa. Tenho certeza que, pela conduta dele, se também fosse qualquer um de nós, ele ia estar brigando por nós também. Então, nós não íamos abandonar ele nunca.”
Agora, livre, Yago tenta retomar sua rotina e reconstruir sua vida, embora o trauma ainda pese. “Para seguir a minha vida, eu quero limpar tudo, limpar o meu nome, tudo, já que ficou essa sujeira. Eu quero limpar e só quero seguir minha vida em paz, ajudar minha mãezinha, trabalhar, cuidar dela e só isso, honestamente, seguir minha vida”, conclui o jovem.
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Fonte: gcmais.com.br