O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, teceu duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao modelo político adotado pelo governo federal. Ciro acusou Lula de praticar “clientelismo em escala mundial”, de se apoiar em alianças contraditórias e de vender ao país uma imagem distorcida do que considera ser a realidade. As declarações foram feitas durante evento de filiação ao PSDB, nesta quarta-feira, em um hotel de Fortaleza.
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Logo no início do discurso, Ciro atacou os programas sociais do governo petista e afirmou que o país enfrenta um aumento da informalidade e da pobreza, mesmo com investimentos federais.
“Hoje, 38 em cada 100 trabalhadores e trabalhadoras no Brasil estão empurrados para a informalidade. Por quê? Porque o governo Lula chama de empregado 94 milhões de pessoas que são clientes de políticas assistencialistas, na maior experiência de clientelismo da humanidade”, afirmou.
Ele disse não se opor à assistência social, mas argumentou que “o que bota uma nação para frente é o trabalho decentemente remunerado”.
Ciro também citou o aumento da população em situação de rua como exemplo do fracasso do governo: “A população de rua dobrou nos últimos 3 anos, são quase 400 mil pessoas morando ao relento”, comentou.
Ciro acusou Lula de hipocrisia ao construir alianças com adversários históricos, enquanto critica outros campos políticos por fazerem o mesmo.
“Quando Lula se elege, chama o José Alencar, do PL. Quando resolveu lançar Dilma sem vivência política alguma, chamou Michel Temer, do MDB. Quando quis se reeleger, chamou Geraldo Alckmin, fundador do PSDB. Agora, um socialista, um grande guru da esquerda, porque para eles, tudo pode”, ironizou.
O ex-governador foi além, sugerindo que o PT perdeu autoridade moral. “Pode trazer as diferenças. Quero ver quem tem moral para fazer essa discussão. Aqui não tem ladrão. E lá? Dá para dizer isso?”, destacou.
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Relação com ex-adversários e lideranças locais
Apesar do tom crítico, Ciro defendeu a aproximação entre diferentes forças da oposição no Ceará, inclusive com antigos adversários. Ele declarou ter “afinidades e desavenças” com parte das lideranças presentes, como os representantes do PL, União Brasil, Cidadania e Avante.
“Quero dizer muito obrigado de estarem aqui partidos com quem alimento afinidades e algumas desavenças. E vamos amadurecer fraternalmente”, disse.
Menção a Capitão Wagner
Capitão Wagner (União Brasil) esteve presente, mas deixou o evento antes do discurso de Ciro por compromissos em Brasília. Ainda assim, foi citado pelo ex-governador.
“Já tive embates quentes, calorosos. Alguns eu estava errado. (…) Eu estou falando do companheiro que teve que sair para cumprir suas tarefas, o Capitão Wagner. Capitão, você não está só”, afirmou.
Aproximação com André Fernandes
Ciro também mencionou o deputado federal André Fernandes (PL), com quem já trocou ataques nas redes sociais.
“Estou falando de ti, André Fernandes, esse jovem talento”, afirmou, defendendo maturidade política e o fim da polarização movida por “ódio e paixão despolitizada”.
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Fonte: gcmais.com.br