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Coral ajuda pacientes com doenças respiratórias a recuperar fala e qualidade de vida em Fortaleza

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Coral ajuda pacientes com doenças respiratórias a recuperar fala e qualidade de vida em Fortaleza

O Hospital de Messejana, em Fortaleza, atua com atividades de reabilitação de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) – inclusive através da música, com o Coral Ângela Maria. A unidade é referência estadual no tratamento de doenças respiratórias.

A aposentada Ângela Maria, que dá nome à iniciativa, é um dos exemplos de transformação: após 20 anos fumando, quase perdeu a voz, mas hoje comemora os avanços. “Para falar, eu cansava já. Desde que eu fumei muitos anos, então eu não podia falar muito, não podia conversar muito. E hoje eu já canto, já falo que só. Tem gente aqui que briga comigo porque eu falo demais.”

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A DPOC é caracterizada pela obstrução progressiva das vias aéreas, dificultando a respiração. O pneumologista George Dantas, coordenador do Serviço de Pneumologia do hospital, explica que, embora o tabagismo seja a causa principal, há outros fatores envolvidos. “Tem outras causas também, como queima de biomassa, como lenha e fogão, a lenha, carvão, mas a principal causa realmente é o tabagismo.”

Sem cura, a doença exige tratamento contínuo. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acompanhamento especializado, e a reabilitação pulmonar inclui exercícios físicos para toda a vida. Dantas destaca a evolução dos sintomas: “Inicialmente, é principalmente uma dispneia, que é uma falta de ar aos grandes esforços. Começa devagarinho, mas vai progredindo a doença. O paciente começa a sentir uma falta de ar aos pequenos esforços, até que essa falta de ar acomete o paciente até tomar banho e trocar de roupa.”

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O Hospital de Messejana mantém uma equipe multidisciplinar para atender pessoas com DPOC. O coral é parte do programa de reabilitação, que envolve reaprender a respirar, cantar e manter o corpo ativo. Segundo a fisioterapeuta Teresa Morano, coordenadora do programa, essa é uma estratégia de tratamento onde não é somente o exercício, “mas também a educação que muda o estilo de vida dos pacientes, dando autonomia e conhecimento da sua própria doença”, pontua.

Histórias de superação são comuns entre os participantes. Maria do Socorro, que fumou por 15 anos, desenvolveu DPOC, bronquiolite, fibrose, bronquiectasia, nódulos e cistos nos pulmões. Para ela, o tratamento é o que a mantém viva. “É o que deixa a gente de pé, que me deixa de pé, sabe? Tem dias que a gente levanta sem nenhuma vontade de vir, mas a necessidade me traz para cá.”

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Já Luís Viana, que depende de cilindro de oxigênio após quatro décadas de tabagismo, resume a própria trajetória com fé. “Estou nas mãos do senhor, né? Até ele me permitir, eu aqui estou.”

A aposentada Rosângela Gomes também enfrentou momentos críticos. Diagnosticada com DPOC, chegou a entrar na fila de transplante de pulmão, situação hoje superada graças ao acompanhamento no hospital. “Graças a Deus e com a ajuda desses profissionais, que são excelentes, um carinho imenso com a gente, tudo estabeleceu.”

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Fonte: gcmais.com.br