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Criança com autismo e problema cardíaco é agredida por cuidador em escola de Maracanaú

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Criança com autismo e problema cardíaco é agredida por cuidador em escola de Maracanaú

Uma criança de 5 anos, diagnosticada com autismo e uma grave condição cardíaca, foi vítima de agressão dentro da Escola Municipal Francisco Antônio Fontenele, no bairro Jaçanaú, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. O caso ocorreu na tarde desta terça-feira (3), e o cuidador responsável pelo acompanhamento do aluno foi demitido após reunião emergencial do Conselho Escolar.

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De acordo com a mãe da vítima, que trabalha como costureira, a criança voltou para casa com marcas visíveis no pescoço e em um dos braços. Ela relatou que foi chamada à escola, onde foi informada por membros da direção sobre a agressão cometida pelo cuidador, identificado como Lucas Fernandes de Souza. Segundo o relato, o profissional já havia deixado o local ao confessar o ato.

O menino, que possui autismo de nível 1 e enfrenta sérios problemas cardíacos – incluindo um diagnóstico de atresia pulmonar crítica que exigiu três cirurgias de grande porte – recebia acompanhamento direto do cuidador durante as atividades escolares, conforme previsto na política de educação inclusiva.

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Providências imediatas

Em nota oficial, a Prefeitura de Maracanaú classificou o caso como uma “ocorrência grave”. A Secretaria Municipal da Educação afirmou que as medidas cabíveis foram tomadas de forma imediata após a identificação do fato. O cuidador foi desligado da função, e um novo profissional já foi designado para substituí-lo.

“O aluno recebeu pronto atendimento e acompanhamento necessário. O Conselho Escolar foi convocado em caráter emergencial e deliberou pelo desligamento do profissional envolvido”, declarou a secretaria. Ainda segundo a gestão municipal, a família da criança terá acesso a serviços de apoio psicossocial com acompanhamento de assistente social.

A Prefeitura informou ainda que o caso foi formalmente comunicado às autoridades policiais, ao Ministério Público e ao Judiciário, para que as investigações sejam conduzidas e as devidas responsabilizações sejam aplicadas.

Indignação e incerteza

A mãe da criança registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia local e afirmou que o filho não retornará à escola onde ocorreu a agressão. Segundo ela, a família ainda estuda em qual instituição a criança será matriculada.

“Eu entreguei meu filho ali confiando que ele estaria seguro, ainda mais com alguém que deveria cuidar dele. Foi um choque. Agora só quero justiça e garantir que ele nunca mais passe por isso”, desabafou.

O caso mobilizou a comunidade escolar e levantou questionamentos sobre a qualificação e o acompanhamento dos profissionais de apoio na rede pública. Entidades de defesa dos direitos da criança e da pessoa com deficiência também foram acionadas para acompanhar a situação. As investigações estão em andamento e o cuidador poderá responder criminalmente pelas agressões.

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Fonte: gcmais.com.br