O presidente da Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec), Eduardo Jereissati, destaca que empreendedores no estado hoje conseguem abrir novas empresas em cinco minutos, com a comodidade de fazer o processo pelo celular – a depender da classificação de risco da empresa a ser criada. A declaração foi feita na manhã desta terça-feira (21), em entrevista exclusiva ao jornalista Miguel Anderson Costa, no programa Balanço Geral Ceará Manhã, da TV Cidade Fortaleza.
A abertura pode ser feita inclusive pelo aplicativo WhatsApp, com auxílio do assistente virtual Juca. Segundo Jereissati, a ferramenta foi criada dentro do processo de transformação digital da Jucec, que eliminou a burocracia e substituiu documentos físicos por sistemas automatizados e assinaturas eletrônicas via Gov.br. “Com o Juca, o cidadão conversa com a Junta Comercial pelo WhatsApp, envia os dados e, com a assinatura virtual, pode concluir a abertura do negócio. Em até cinco minutos, o processo é finalizado, com segurança jurídica e validade legal”, destacou.
Ele também explicou como a legislação atual classifica as empresas conforme o nível de risco: baixo, médio ou alto. Empreendimentos de baixo risco estão dispensados de licenciamento e podem iniciar as atividades imediatamente após o registro – são esses os que podem ser registrados em cinco minutos. Os de médio risco funcionam mediante autodeclaração, com fiscalização posterior, enquanto os de alto risco dependem de análises mais rigorosas, como no caso de padarias e lanchonetes, que manipulam alimentos.
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O presidente lembrou que o Ceará é hoje uma das unidades da federação mais avançadas em digitalização e integração de sistemas. “No passado, abrir uma empresa de baixo risco podia levar até 150 dias. Hoje, o dado é que circula entre os órgãos públicos, e não mais o cidadão. Esse é o grande salto que demos”, afirmou.
Eduardo explicou que a Junta Comercial é o órgão responsável pelos registros de abertura, alteração e extinção das empresas – o que ele compara ao “cartório de nascimento, casamento e óbito” do universo empresarial. Com a modernização iniciada a partir de 2007, a Jucec passou a atuar também como integradora estadual, conectando órgãos como Receita Federal, Secretaria da Fazenda e prefeituras em um único fluxo digital.
Além do registro, a Junta passou a exercer papel ativo no desenvolvimento econômico. “As juntas comerciais deixaram de ser apenas cartórios empresariais. Hoje, temos a missão de facilitar, de estimular o empreendedorismo e garantir que o cidadão possa formalizar seu negócio com agilidade e confiança”, disse ele ainda.
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Panorama empresarial cearense
De acordo com dados apresentados na entrevista, o Ceará tem cerca de 1,07 milhão de empresas ativas, sendo 41% do setor de serviços, 38% do comércio e o restante da indústria. Fortaleza concentra cerca de 445 mil dessas empresas, com destaque para negócios ligados à moda, turismo e ao setor têxtil.
Jereissati destacou ainda o crescimento de 21% no número de novas empresas, puxado principalmente pelas atividades de serviços e pela chegada de novos empreendedores jovens. “A geração Z tem investido em tecnologia e inovação, e isso tem se refletido nos registros da Junta”, observou.
Hoje, mais de 90% das empresas registradas na Jucec são micro e pequenas, sendo essas beneficiadas por um regime tributário diferenciado.
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Empreendedorismo no interior
O presidente da Jucec ressaltou a importância da interiorização do desenvolvimento econômico, diretriz reforçada pelo governo estadual. “O governador nos orienta a olhar para o interior, para que as pessoas possam prosperar onde vivem, sem precisar vir para a capital. Isso é possível com políticas de incentivo e com a desburocratização”, pontuou.
Segundo ele, o empreendedorismo local tem sido impulsionado por pequenas e médias empresas, muitas delas iniciadas nas próprias residências.
Observatório Jucec
Durante a entrevista, Jereissati anunciou que em breve será lançado o Observatório Jucec, uma plataforma que vai reunir mapas regionais e indicadores econômicos sobre o comportamento das empresas no estado. O objetivo é permitir o acompanhamento das transformações econômicas provocadas por novos polos de investimento.
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Fonte: gcmais.com.br