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Inspeção predial identificou risco de desabamento de prédio interditado em Fortaleza

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Inspeção predial identificou risco de desabamento de prédio interditado em Fortaleza

Uma inspeção técnica no edifício San Francesco, localizado no bairro Joaquim Távora, em Fortaleza, identificou risco estrutural significativo e levou à interdição imediata do imóvel pela Defesa Civil Municipal. A vistoria apontou afundamento do solo onde o prédio está erguido, levantando a possibilidade de desabamento. Como medida preventiva, os 32 apartamentos do edifício foram evacuados.

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Segundo Haroldo Gondim, coordenador da Defesa Civil de Fortaleza, o alerta partiu do engenheiro responsável pela manutenção da edificação. “Quando fomos contactados pelo engenheiro responsável pela obra, ele já havia feito a manutenção de 39 dos 41 pilares. Durante esse processo, percebeu um pequeno afundamento que despertou risco e imediatamente sugeriu a evacuação”, explicou Gondim. A evacuação teve início ainda antes da chegada da Defesa Civil ao local.

O engenheiro civil Luigi Gustavo detalhou que o prédio já passava por manutenção corretiva e que a identificação do afundamento levou à intensificação das medidas de segurança. “O profissional responsável já estava atento à estrutura e, ao notar alterações no solo, decidiu acionar a Defesa Civil para evitar qualquer agravamento da situação”, afirmou. O engenheiro classificou o risco de desabamento do edifício em nível 3, numa escala de 0 a 5.

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A inspeção predial como a realizada no San Francesco é uma exigência técnica fundamental para avaliar a integridade estrutural de imóveis e identificar possíveis correções e manutenções. “O laudo é um norte para o síndico, que passa a ter clareza do que precisa ser feito com urgência. Ele aponta os níveis de risco — baixo, médio ou alto — e ajuda a priorizar as intervenções”, destacou Luigi Gustavo.

A legislação municipal determina que o laudo de inspeção predial deve ser emitido cinco anos após a obtenção do Habite-se (ABIT). A partir daí, a periodicidade da vistoria varia de acordo com a idade do imóvel — podendo ser de um a cinco anos. “Quanto mais antigo o prédio, mais frequente deve ser a inspeção. Isso garante maior segurança para os moradores e para o entorno”, completou o engenheiro.

Além do prédio, a situação de instabilidade se estende às ruas próximas. As vias Fiscal Vieira e Frei Bernardino foram parcialmente interditadas e há possibilidade de bloqueio total. “Fizemos o monitoramento com os engenheiros e demais órgãos, como a MC e a CIM. A circulação está limitada a moradores e pedestres, enquanto acompanhamos a evolução da situação”, informou Haroldo Gondim.

A expectativa é que o laudo técnico conclusivo sobre as condições do solo e da base do edifício fique pronto em até duas semanas. Dependendo do resultado, novas ações poderão ser tomadas, como a remoção gradual das 170 escoras atualmente instaladas no prédio. “Se o estudo do solo for positivo, ou seja, se não houver mais risco de afundamento, será possível iniciar a retirada das escoras com segurança”, concluiu o coordenador da Defesa Civil.

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Fonte: gcmais.com.br