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Justiça do RJ solta jovem cearense preso por engano em caso de assalto a carro dos Correios

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Justiça do RJ solta jovem cearense preso por engano em caso de assalto a carro dos Correios

A Justiça Federal do Rio de Janeiro autorizou nesta segunda-feira (1º) a soltura de Yago Paiva, de 26 anos, preso por engano sob acusação de participar de um assalto a um veículo dos Correios ocorrido em outubro de 2024, no bairro Bento Ribeiro, na capital fluminense. A decisão foi tomada após a apresentação de provas que comprovaram que o jovem estava a mais de 2.500 km do local do crime — em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza — no dia e horário da ação criminosa.

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Yago foi detido no dia 27 de agosto, após a Polícia Civil do Ceará cumprir um mandado expedido pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio. Ele foi levado a um presídio em Aquiraz, onde permaneceu até ser libertado na manhã desta terça-feira (2). No entanto, a única ligação feita pela investigação entre ele e o crime era o uso do seu nome em uma conta fraudulenta da Uber, supostamente vinculada a um dos carros usados no assalto.

A defesa do jovem apresentou registros da academia que Yago frequentava, confirmando sua presença no Ceará na noite do dia 10 de outubro, além de depoimentos de testemunhas. Também foi informado que, meses antes, ele havia perdido a CNH — dado que reforça a tese de que seus documentos foram utilizados de forma indevida. Em janeiro de 2025, ao tentar se cadastrar na Uber, foi informado de que seus dados já haviam sido usados de forma fraudulenta, e a conta em questão estava banida.

No despacho que revogou o mandado de prisão, a juíza Maria Isadora Tiveron Frizão destacou inconsistências nas informações repassadas pela Uber e apontou, ainda, diferenças físicas entre o suspeito do crime e Yago. As imagens registradas no processo mostram que o autor do assalto tem o braço esquerdo fechado por tatuagens — enquanto Yago não possui nenhuma.

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O caso ganhou contornos ainda mais delicados porque Yago foi preso justamente no dia anterior ao seu primeiro dia de trabalho como porteiro na Prefeitura de Caucaia. Após deixar os documentos na administração municipal na manhã do dia 27, foi surpreendido horas depois pela chegada dos policiais. Detido, ele chegou a gravar áudios para a família pedindo ajuda e demonstrando preocupação com o novo emprego.

Após ser libertado, a família comunicou a Yago que o cargo na prefeitura seria mantido. A defesa agora aguarda que, diante do reconhecimento da falha, o processo seja revisto e a acusação formalmente retirada. O caso levanta discussões sobre o uso indevido de dados pessoais em investigações e o impacto de prisões injustas na vida de pessoas inocentes.

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Fonte: gcmais.com.br