O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, cumpre agenda em Fortaleza nesta segunda-feira (21), com passagens pela Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE) e pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
Na OAB, pela manhã, o ministro profere a palestra “Plataformas Digitais, Inteligência Artificial e os Desafios do Mundo Contemporâneo”. Trata-se da primeira visita de um presidente do STF à seccional cearense da OAB. “É uma grande honra para todos nós que fazemos a OAB Ceará receber o presidente da Suprema Corte pela primeira vez na história da nossa seccional. Na visita, teremos a oportunidade de discutir pautas importantes para a advocacia e de assistir à palestra sobre um tema absolutamente relevante e atual”, afirma a presidente da entidade, Christiane Leitão.
Há ainda previsto um encontro com presidentes de tribunais locais, contando ainda com a presença de integrantes de associações dem agistrados. Já durante a tarde, Barroso estará na sede da Fiec, no auditório Waldyr Diogo, onde acontecerá a 16ª edição do evento Diálogos da Magistratura.
Ataques
A visita de Barroso acontece em meio a uma escalada de ofensivas por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a processos que correm na Justiça brasileira, com destaque ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em meio a isso, tem intensificado articulações para pressionar o governo norte-americano a retaliar diretamente contra ministros do Supremo, inclusive o presidente, Luís Roberto Barroso.
A atuação de Eduardo nos EUA inclui a tentativa de influenciar o governo norte-americano a impor sanções contra autoridades brasileiras – medida confirmada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que mencionou a “grande possibilidade” de que sejam acionadas tais sanções, especialmente contra Moraes. Eduardo Bolsonaro tem publicado nas redes sociais que negocia essas punições, visando intimidar o Judiciário brasileiro e paralisar investigações que envolvem ele próprio, seu pai e aliados.
A Procuradoria-Geral da República, por meio do procurador Paulo Gonet, levou a questão ao STF, solicitando a abertura de investigação sobre a atuação do parlamentar no exterior. Gonet alerta para o caráter intimidador dos atos e para a interferência na independência dos Poderes constitucionais. Até o momento, ele responde por acusações relacionadas às investigações sobre tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro e aliados, processo que está sob relatoria de Alexandre de Moraes.
Fonte: gcmais.com.br