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Lutador de MMA condenado por estupro em Fortaleza é preso após decisão da Justiça

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Lutador de MMA condenado por estupro em Fortaleza é preso após decisão da Justiça

O lutador de MMA e motorista por aplicativo Edílson Florêncio – conhecido como Edilson Moicano –, condenado por estupro, foi preso na tarde desta sexta-feira (7) pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE). A captura se deu após a decisão da Justiça que aumentou a pena de 8 anos e 2 meses para 11 anos e 8 meses, determinando ainda que ele fosse preso imediatamente.

Segundo as forças de segurança, o homem estava escondido em um apartamento no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza, quando foi capturado pelas equipes da Polícia Civil. O mandado de prisão foi cumprido, com a atuação dos agentes da Delegacia de Homicídios contra Agentes de Segurança Pública (DHPP).

Edilson havia sido condenado em janeiro deste ano, mas em junho recebeu o direito de recorrer em liberdade devido à primariedade e aos bons antecedentes. A soltura gerou ampla repercussão nas redes sociais após a vítima, a empresária Renata Coan, denunciar que o agressor estava solto mesmo após a condenação.

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A decisão do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) foi tomada na última terça-feira (4), após o Ministério Público recorrer da decisão anterior, pedindo o cumprimento da pena em regime inicial fechado e a prisão preventiva do réu enquanto aguarda o julgamento de eventuais recursos nas instâncias superiores. A assistência de acusação também acrescentou o pedido para que fosse reconhecida a tentativa de feminicídio, desconsiderada no primeiro julgamento.

Relembre o crime

O crime ocorreu em 19 de janeiro de 2025, no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza, após um bloco de pré-carnaval. Renata havia solicitado um carro por aplicativo para retornar para casa quando o motorista desviou o trajeto, levou a vítima a um matagal, a imobilizou com um golpe “mata-leão” e cometeu o estupro. Policiais militares que passavam pela região flagraram o crime e prenderam Edilson em flagrante.

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Na época, o lutador também trabalhava como segurança no evento em que a vítima estava. Segundo relatos divulgados nas redes, ele era coordenador de segurança de uma das maiores empresas do setor no Ceará, que atua em grandes festas e shows.

Durante o julgamento de primeiro grau, a juíza Adriana Aguiar Magalhães, da 5ª Vara Criminal de Fortaleza, condenou o réu a 8 anos de prisão por estupro de vulnerável, pois a vítima estava alcoolizada, e a 2 meses por resistência à prisão. No entanto, a magistrada havia permitido que ele recorresse em liberdade, o que motivou a reação de Renata nas redes sociais.

Em vídeos publicados à época, a empresária criticou a decisão e relatou detalhes do ataque. “Mesmo com o depoimento de policiais, exame de perícia e o réu confessando o crime, ela [juíza] julgou que ele poderia responder em liberdade. O sistema está dizendo para outras mulheres que a palavra delas não basta”, afirmou.

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A vítima contou ainda que foi “sequestrada, violentada e estrangulada até quase a morte”, e destacou que só sobreviveu por ser atleta. “Qualquer mulher que não fosse atleta, mais frágil, não teria sobrevivido ao estrangulamento que eu vivi”, disse.

Após a repercussão do caso, Renata revelou que tem buscado diálogo com parlamentares para propor mudanças na legislação sobre violência sexual. “A lei tem brechas que permitem isso. Estou trabalhando junto com deputados e senadores para que a gente possa mudar essa lei”, declarou.

Edilson, de 48 anos, é lutador de Artes Marciais Mistas (MMA) e tem grau preto em muay thai e jiu-jitsu. Ele tem histórico de 32 lutas profissionais desde 2005, sendo a última em 2016. Em Fortaleza, também atuava como instrutor de artes marciais.

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Fonte: gcmais.com.br