Um homem de 83 anos foi preso na manhã desta sexta-feira (27) pela Polícia Civil do Estado do Ceará, suspeito de cometer estupro de vulnerável contra a própria neta, uma criança de sete anos com transtorno do espectro autista (TEA). O crime, que chocou a comunidade do Crato, foi descoberto de maneira inusitada pela mãe: por meio de desenhos feitos pela própria vítima.
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A mãe da menina percebeu algo estranho no comportamento da filha e, ao observar os desenhos feitos pela criança, encontrou indícios claros de que o avô estava abusando dela. Desconfiada, a mãe procurou a Delegacia de Defesa da Mulher do Crato, onde apresentou os desenhos e relatou o caso.
A partir das informações fornecidas pela mãe e com base nos desenhos, a Polícia Civil iniciou as investigações. As diligências foram rápidas e culminaram com a prisão do suspeito, por força de um mandado de prisão preventiva. Segundo as investigações, o homem aproveitava a proximidade familiar e a vulnerabilidade da neta para cometer os abusos.
O suspeito foi localizado e preso em sua residência, sendo conduzido à delegacia para prestar depoimento. Após os procedimentos, ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
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Mãe descobre por meio de desenhos que filha autista foi abusada pelo avô no Ceará
A prisão do suspeito reforça a importância da denúncia em casos de violência contra crianças e adolescentes. Em muitos casos, vítimas com deficiência ou transtornos de desenvolvimento, como o TEA, têm mais dificuldade de relatar abusos de forma verbal, o que torna crucial a atenção dos responsáveis aos sinais e comportamentos das crianças.
A Polícia Civil do Ceará incentiva a população a colaborar com as investigações e a denunciar qualquer suspeita de abuso ou violência. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo número 181, Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou pelo WhatsApp (85) 3101-0181. Também é possível registrar denúncias pelo site do serviço e-denúncia.
No caso específico do Crato, informações podem ser encaminhadas diretamente para a Delegacia de Defesa da Mulher pelo telefone (88) 3102-1250. O sigilo e o anonimato são garantidos para quem deseja colaborar com as investigações.
Casos como este evidenciam a necessidade de atenção redobrada por parte de familiares e educadores. Sinais como mudanças no comportamento, retração, agressividade ou até mesmo expressões artísticas como desenhos podem ser formas de comunicação de crianças que não conseguem verbalizar o que estão vivendo.
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Fonte: gcmais.com.br