O mar é fonte de alimento, lazer, riqueza e equilíbrio climático — mas também precisa ser cuidado. Uma pesquisa nacional apresentada em Fortaleza revelou que a maioria dos brasileiros desconhece os benefícios que o oceano oferece, embora reconheça a importância de investir em educação ambiental.
>>>Clique aqui para seguir o canal do GCMAIS no WhatsApp<<<
O estudo, conduzido pelo professor Ronaldo Christofoletti, do Departamento de Ciências do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ouviu duas mil pessoas em todo o país e apontou que 30% não reconhecem que recebem benefícios do mar, 45% sabem que as ações humanas impactam o ecossistema marinho e apenas 7% se engajam efetivamente em ações de preservação. Por outro lado, 90% dos entrevistados acreditam que a conscientização ambiental deve fazer parte permanente dos currículos escolares.
“Pensar o Currículo Azul é trazer para as escolas esse aprendizado da nossa relação com o oceano — com a economia, a saúde, o bem-estar e o esporte”, explicou Christofoletti.
“A gente precisa de uma geração que entenda melhor a relação com o planeta água do que a gente entende.” A partir dos resultados, o pesquisador acredita que será possível embasar políticas públicas voltadas à proteção do mar e ao desenvolvimento sustentável.
Em Fortaleza, o mar é parte inseparável do cenário urbano e econômico. A dançarina Mari Lima defende que “tem que cuidar mais do nosso mar, porque é muito lixo. Tem muito lixo hoje, eu não consegui nem entrar”. Já a balconista Fátima dos Santos afirma fazer a sua parte: “A gente anda com a sacolinha, quando tem nosso lixo a gente mesmo guarda e descarta em outro lugar”.
Com 34 quilômetros de litoral, Fortaleza tem potencial para desenvolver a chamada economia do mar, que inclui desde o turismo e a pesca até o transporte, o artesanato e a valorização imobiliária.
“Não precisa estar perto do mar para ter uma economia azul”, observa Christofoletti. “O agronegócio que mantém a balança econômica brasileira e o preço dos alimentos nos nossos supermercados dependem de um clima estável — e um clima estável depende de um oceano saudável.”
>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<
A expectativa é que os dados da pesquisa ajudem governos locais a criar políticas voltadas à educação ambiental e ao uso sustentável dos recursos marinhos.
“O próprio exemplo é termos uma agência dentro do poder público que já olha para essa economia azul, associada à educação. A partir da experiência da DENFOR, podemos criar ações e políticas públicas que se tornem referência nacional”, concluiu o pesquisador.
Leia também | Polícia Federal apura se metanol abandonado é usado para adulterar bebidas alcoólicas; entenda
>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<
Fonte: gcmais.com.br












