O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) entrou com recurso na Justiça, após sete policiais terem sido absolvidos, no júri popular, no caso relacionado à Chacina do Curió, em Fortaleza. Eles são acusados de omissão no crime, que ocorreu em 2015, na capital cearense.
O Conselho de Sentença formado por sete jurados populares decidiu absolver, neste domingo (31), os agentes de segurança. Eles eram apontados como integrantes do chamado “Núcleo da Omissão” e respondiam por 11 homicídios, três tentativas de homicídio, três torturas físicas e uma tortura mental.
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O MP sustenta que os policiais tinham o dever legal e podiam agir para evitar a tragédia, mas nada fizeram. “O resultado desse júri não era o esperado pelo Ministério Público e, por isso, interpomos recurso para ser julgado pelo Tribunal de Justiça. É um processo complexo, com várias fases e a gente está se preparando para este próximo julgamento, que vai ocorrer agora em setembro, buscando novamente a condenação e a responsabilização de todos os envolvidos naquele fatídico episódio que ocorreu em 2015. Em todos as fases houve recursos e os processos ainda serão apreciados pelo TJ, então provavelmente haverá novos júris”, declarou o procurador-geral de Justiça, Haley Carvalho.
O julgamento teve início no dia 25 de agosto e durou sete dias. O caso está sendo julgado em várias etapas pela 1ª Vara do Júri de Fortaleza. Até setembro de 2025, todos os 30 réus envolvidos terão passado por julgamento.
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MP entra com recurso após sete policiais serem absolvidos no caso da Chacina do Curió, em Fortaleza
Um colegiado de membros do Ministério Público com atuação no júri acompanha o processo. Atualmente, compõem o grupo cinco promotores de Justiça. O júri popular do “Núcleo da Omissão” foi acompanhado por órgãos públicos, familiares das vítimas, instituições, movimentos sociais, parlamentares e imprensa.
Outros três réus serão julgados em sessão marcada para começar no dia 22 de setembro, no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, onde todos os júris estão sendo realizados.
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Julgamentos
O primeiro julgamento aconteceu em 20 de junho de 2023 e resultou na condenação de quatro réus. O segundo ocorreu também em 2023, no dia 29 de agosto.
Os oito policiais militares foram absolvidos por negativa de autoria. Medidas cautelares e restrições de direitos foram revogadas. O recurso contra a sentença ainda está em análise.
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Fonte: gcmais.com.br