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Músicos celebram Dia Nacional do Samba, honrando o ritmo que virou símbolo da cultura brasileira

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Músicos celebram Dia Nacional do Samba, honrando o ritmo que virou símbolo da cultura brasileira

O Dia Nacional do Samba, celebrado nesta terça-feira (2), reuniu músicos e admiradores do gênero para homenagear um dos maiores símbolos da cultura brasileira. Nascido como expressão de resistência e identidade, o samba se espalhou pelo país e conquistou espaço também no Ceará, onde segue vivo em rodas, palcos e dentro das casas de quem respira o ritmo.

Reconhecido como festa, cultura e brasilidade, o samba reafirma sua força a cada 2 de dezembro. Para o músico Ítalo Bruno, o crescimento do gênero é evidente. “O cenário tá muito forte, né? Muitas casas de samba aqui em Fortaleza. O movimento do samba no Brasil todo, né? Tá muito forte, né? Devido também à internet, né? Ganhou muita força, né?”, conta ele.

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O ritmo, que atravessa gerações, segue se renovando e mantendo viva sua essência. Lucas Rodrigues, também músico, resume a relação intensa com o gênero: “Samba é tudo na minha vida. Hoje, não 100%, mas 90%. A gente respira samba. Em casa, em todo canto. Em todo canto que a gente vem, a gente tá no samba.”

A conexão com o samba também move o trabalho de Ravi Evangelista, mestre de bateria e integrante de escola de samba. “Eu respiro samba. Eu sou do samba, totalmente. Eu também mexo com escola de samba, sou mestre de bateria. Já tá na veia, tá no sangue”, destaca.

Como foi definida a data do Dia Nacional do Samba?

A data do Dia Nacional do Samba, comemorado em 2 de dezembro, tem origem em um processo legislativo e cultural que remonta ao início dos anos 1960. Entre 28 de novembro e 2 de dezembro de 1962, foi realizado no Rio de Janeiro o Congresso Nacional do Samba, presidido pelo folclorista Edison Carneiro, responsável pela redação da Carta do Samba, que indicou o dia 2 de dezembro como a data para celebrar o samba.

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O objetivo era valorizar o gênero como patrimônio cultural brasileiro e preservar suas características essenciais. Em 1964, após rejeição de um veto anterior, foi publicada a Lei nº 554 no estado da Guanabara (atual Rio de Janeiro), oficializando o dia 2 de dezembro como o Dia do Samba. De forma paralela, em Salvador, o vereador Luiz Monteiro da Costa apresentou projeto de lei para instituir a mesma data, ampliando a comemoração para outras regiões do país.

Como surgiu o samba?

O samba surgiu no final do século XIX no Recôncavo Baiano, na Bahia, como uma evolução dos batuques e rodas de samba de roda praticados por negros escravizados em rituais religiosos e manifestações culturais, misturando elementos africanos (como percussão e danças de umbigada, do termo “semba”) com ritmos europeus como polca, valsa e mazurca.​

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No início do século XX, com a migração de baianos para o Rio de Janeiro após a abolição da escravatura, o samba de roda adaptou-se nos terreiros e morros cariocas, influenciado pela cultura afro-brasileira em comunidades pobres, onde “tias baianas” promoviam bailes e cultos aos orixás. O primeiro samba registrado, “Pelo Telefone” (1916/1917), de Donga e Mauro de Almeida, foi gravado coletivamente e marcou sua urbanização, saindo dos terreiros para salões e carnavais.​

A partir dos anos 1920-1930, o rádio, os desfiles de escolas de samba (como a Deixa Falar de 1928) e compositores como Sinhô e Noel Rosa disseminaram o samba-exaltação e samba-enredo, consolidando-o como símbolo nacional brasileiro, com fusões indígenas e europeias.

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Fonte: gcmais.com.br