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Novembro de 2025 registra o maior número de focos de calor no Ceará desde 2005

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Novembro de 2025 registra o maior número de focos de calor no Ceará desde 2005

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos do Ceará (Funceme) informa que o estado registrou, em novembro deste ano, o maior número de focos de calor desde 2005, há exatamente 20 anos. Os dados são do Informativo Mensal de Focos de Calor.

Conforme informado, durante o último mês, o Satélite AQUA registrou 2.902 focos no estado do Ceará. O número está 56% acima da média histórica e 17% acima do observado em novembro de 2024 – ou seja, exatamente um ano atrás. Nacionalmente, o Ceará ficou em terceiro no ranking, atrás apenas dos estados do Maranhão e do Pará.

É possível consultar no documento em anexo a distribuição espacial dos focos, as ocorrências em Unidades de Conservação e outras informações relevantes sobre a situação no território cearense.

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O que é um foco de calor?

Foco de calor é um termo técnico utilizado no monitoramento ambiental para designar pontos detectados por satélites que registram temperaturas elevadas, geralmente acima de 47°C, em uma área específica da superfície terrestre.​ Os satélites, operados por instituições espescíficas, captam radiação térmica a altitudes de 700 a 900 km, identificando esses focos sem observar diretamente o fogo, o que permite mapear potenciais queimadas ou incêndios em tempo real.​

Diferencia-se de queimada (queima controlada ou não de vegetação) ou incêndio florestal, pois nem todo foco indica chama ativa – pode ser resíduo térmico –, servindo como alerta precoce para ações preventivas e de combate.​

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Satélites detectam focos de calor – seja no Ceará, no Brasil ou em outras partes do mundo – captando radiação térmica infravermelha emitida por áreas quentes na superfície terrestre, geralmente na faixa de 3,7 a 4,1 µm do espectro, sem observar o fogo diretamente.​ Sensores como MODIS (nos satélites Terra e Aqua), VIIRS e os brasileiros CBERS processam imagens diárias, identificando pixels com temperaturas acima de 47°C como “manchas brilhantes” indicativas de combustão ativa.​

Projeção da La Niña para 2026

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) informa que o fenômeno La Niña deve ser fraco em 2026, embora possa continuar influenciando os padrões climáticos globais nos próximos meses. Segundo a OMM, há cerca de 55% de probabilidade de que o La Niña atue fraco a partir de dezembro de 2025 até fevereiro de 2026, com uma possível transição para condições climáticas neutras entre janeiro e abril de 2026. Mesmo sendo fraco, o fenômeno pode aumentar a chance de enchentes e secas em várias regiões, afetando colheitas e o regime de chuvas.

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No Brasil, o La Niña está associado historicamente a chuvas mais regulares no Norte e Nordeste, além de períodos de seca no Sul. Temperaturas mais amenas são previstas para as regiões Centro-Oeste e Sudeste. A previsão reforça ainda que não há expectativa para o retorno do El Niño em curto prazo.

Esse fenômeno meteorológico, que diz respeito às temperaturas dos oceanos, é historicamente associado a boas chuvas no estado do Ceará, devido ao fortalecimento dos ventos alísios e da circulação atmosférica, que favorecem a formação de nuvens e precipitações na região.

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Fonte: gcmais.com.br