A obra do Anel Viário, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), voltou a ser paralisada, conforme informaram trabalhadores que atuam no local. A Superintendência de Obras Públicas do Estado do Ceará (SOP) foi procurada pelo GCMAIS, para se pronunciar sobre o ocorrido, e o texto será atualizado quando houver resposta do órgão.
Conforme repassado, o serviço já foi paralisado na manhã desta quarta-feira (10). O motivo seria falta de repasses por parte da gestão pública à construtora responsável pelas obras. Segundo um colaborador, sequer foi feito o repasse integral do salário, tendo sido pago apenas metade do valor aos trabalhadores.
Não é a primeira vez que a obra do Anel Viário é paralisada. O projeto de duplicação teve início em 2010, com contrato assinado entre o governo federal e o consórcio responsável. A previsão inicial era que a obra fosse concluída em 2012, mas os primeiros consórcios desistiram, as atividades foram paralisadas e houve mudanças de comando. Em 2012, a responsabilidade passou para o Estado do Ceará.
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Com vários aditivos, interrupções nas obras, licitações fracassadas e atrasos sucessivos – agravados pela dificuldade de desapropriações, redes de infraestrutura e chuvas –, o cronograma original foi abandonado.
Em agosto de 2024, o governo estadual autorizou a retomada dos trabalhos, apostando num aporte extra de recursos federais — cerca de R$ 97 milhões. Com isso, o novo cronograma indica conclusão até o final de 2025 ou início de 2026. Apesar de trechos já terem sido duplicados e liberados, ainda faltam obras essenciais como retornos, acessos, acostamentos, sinalização e ciclovias.
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Atrasos repetidos têm gerado prejuízos à mobilidade e ao transporte de cargas, especialmente por se tratar de uma via crucial para ligações entre rodovias, portos, distritos industriais e centros logísticos. Moradores e empresas da região relatam problemas como falta de sinalização e iluminação, trechos com pavimento precário e insegurança no trânsito.
Acidentes
Além disso, o Anel Viário é cenário frequente de acidentes. Há menos de um mês, em novembro, um motociclista de aplicativo e o passageiro morreram após serem atingidos por um carro no 4º Anel Viário, entre Maracanaú e Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. De acordo com testemunhas, o passageiro havia solicitado a corrida para ir ao trabalho. Durante o trajeto, no km 25, o motociclista tentou realizar um retorno em área proibida, quando os dois foram atingidos por uma Fiorino. O impacto arremessou as vítimas na pista, e ambas morreram no local.
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Também em novembro, um carro pegou fogo e deixou o trânsito completamente congestionado na via. O motorista, que seguia para o trabalho, conseguiu escapar sem ferimentos, mas o veículo foi destruído pelas chamas. Apesar das chamas intensas, ninguém ficou ferido. O condutor estava sozinho e conseguiu sair a tempo. O veículo, entretanto, teve perda total.
Em setembro, um caminhão betoneira tombou em uma vala após sair da pista no Anel Viário, no bairro Toco, em Maracanaú. A equipe de reportagem da TV Cidade passava pelo local no momento em que se deparou com o acidente. De acordo com o motorista, o veículo foi trancado por um carro que fugiu do local após a manobra perigosa. Apesar do susto, o condutor saiu ileso. Um detalhe chamou atenção: instantes antes do acidente, havia um incêndio na área onde o caminhão tombou.
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Fonte: gcmais.com.br











