Usuários do sistema público de saúde em Fortaleza estão enfrentando dificuldades para receber atendimento médico e ter acesso a medicamentos. Em diferentes bairros da capital, pacientes relatam a ausência de profissionais da saúde, demora na marcação de consultas e a constante falta de remédios essenciais. Um dos casos ocorre no posto de saúde Floresta, no bairro Álvaro Weyne, que está passando por reforma. Enquanto isso, o atendimento é feito em contêineres improvisados.
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A estudante Larissa de Sousa acompanhava a mãe para uma consulta médica, que foi cancelada sem aviso prévio. “Falaram que dia 13, que é hoje, ia ter a consulta dela. Ela veio, e agora eu estudo de tarde, eu tenho que ir para a escola. A Larissa, vamos, a gente veio para cá, chegando aqui, a gente foi atrás da doutora e ela falou que disseram que ela estava de licença, uns disseram que ela estava doente. Minha mãe, ela ficou estressada, porque faz é tempo que ele faz isso, e não é a primeira vez que ela vem aqui. Está faltando enfermeira, essas coisas. Não é a primeira vez”, contou.
Além da ausência de médicos, pacientes denunciam a escassez de medicamentos básicos, como a gabapentina, usada para tratar dores neuropáticas. Maria Eliseuda dos Santos, paciente da unidade, desabafa: “Você vem buscar o remédio, não tem. Você vem procurar uma ficha, eu saio 7 horas da manhã, vou saindo agora porque não tem. Maior dificuldade para a gente conseguir uma consulta aqui. Tudo, tudo é dificultoso aqui nesse posto.”
Em março deste ano, a Prefeitura de Fortaleza anunciou um cronograma para reabastecimento dos postos com os 137 medicamentos da lista municipal. Em maio, o prefeito Evandro Leitão afirmou que apenas cinco medicamentos ainda estavam em falta. No entanto, relatos como o de Maria Eliseuda mostram que o problema persiste em algumas unidades, prejudicando o tratamento contínuo de diversos pacientes.
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A equipe de reportagem tentou autorização para gravar imagens dentro dos postos de saúde, mas teve o acesso negado. Em uma das visitas, ao posto do bairro Presidente Kennedy, a repórter entrou sem câmeras para verificar a situação. Lá, encontrou pacientes aguardando consultas marcadas, mas sem atendimento emergencial disponível. Com dores no ouvido, uma senhora teve que retornar para casa sem atendimento. “A médica vai almoçar e vai para casa. Amanhã eu volto para ela me atender”, relatou.
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Fonte: gcmais.com.br