Durante a cerimônia de filiação ao PSDB, realizada nesta quarta-feira (22), em Fortaleza, o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes protagonizou a principal declaração do evento ao afirmar: “Pelo Brasil eu morro, mas pelo Ceará eu mato”. A frase, dita em tom de exaltação, marcou o discurso do ex-presidenciável e ocorre no contexto da preparação para disputar novamente o Governo do Ceará nas eleições de 2026.
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“Eu já disse que pelo Brasil eu morro, mas pelo Ceará eu mato. E eu estou pronto para começar uma tarefa. […] Deixem só que eu, sendo muito agradecido pelo estímulo, pelo apoio, pelo carinho, que lhes diga com a minha experiência o que é a tarefa para hoje. Amanhã nós estaremos reunidos de novo para amadurecer o que cada um vai fazer”, declarou Ciro.
Além do tom emotivo e provocativo, Ciro usou o discurso para sinalizar articulações políticas e a disposição para liderar um novo projeto no Estado. Ele também elogiou o pai do deputado federal André Fernandes (PL), Alcides Fernandes, e manifestou apoio a uma possível candidatura dele ao Senado.
“Meu caro Alcides, por exemplo, o seu partido menciona você como possível candidato a senador. Eu acho bom, acho muito bom, porque você tem currículo, você tem currículo”, afirmou.
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Ciro Gomes se filia ao PSDB
A filiação de Ciro Gomes ao PSDB foi oficializada no mesmo evento que contou com a presença de aliados, militantes e lideranças políticas de diversos partidos. Também se filiou ao PSDB o ex-prefeito de Fortaleza, José Sarto.
Entre os presentes estavam o ex-governador Tasso Jereissati, o ex-prefeito Roberto Cláudio, os ex-deputados Capitão Wagner e Heitor Férrer, além dos deputados Carmelo Neto (PL), Emília Pessoa (PSDB) e André Fernandes (PL). A presença de nomes ligados ao PL reforçou a possibilidade de alianças futuras, embora ainda sem confirmação.
O movimento marca a antecipação do cenário eleitoral para 2026. Ciro, que governou o Ceará entre 1991 e 1994, deve disputar novamente o Executivo estadual. Segundo o presidente estadual do PSDB, Ozires Pontes, o anúncio da pré-candidatura deve ocorrer oficialmente nos próximos meses. Tasso Jereissati foi apontado como figura essencial na articulação para o retorno de Ciro ao partido.
Saída do PDT
Ciro Gomes deixou o PDT após quase dez anos, entregando a carta de desfiliação ao presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. A decisão foi motivada por divergências com a direção do partido no Ceará, sobretudo pela aproximação com o PT do governador Elmano de Freitas.
Aliados do ex-ministro já consideravam inviável sua permanência no partido diante da aliança construída entre PDT e PT no Estado. A ida ao PSDB representa uma tentativa de reconstrução de sua base política e de reposicionamento no cenário estadual.
Alianças
Ainda não está definido se Ciro terá aliança com o PL nas eleições majoritárias de 2026. Lideranças próximas, como Roberto Cláudio, se aproximaram do PL no segundo turno das eleições municipais de Fortaleza em 2024. As principais lideranças do partido estiveram presentes na filiação.
O deputado André Fernandes, no entanto, reafirmou que o PL pretende lançar candidatura própria ao governo estadual. As definições sobre alianças e chapas devem ocorrer até meados de 2026, antes das convenções partidárias.
Partidos anteriores
Ao longo de sua trajetória, Ciro Gomes já passou por sete siglas. Iniciou no PDS em 1982, passou pelo PMDB (1983-1990) e ingressou no PSDB (1990-1997), período em que governou o Ceará. Depois, esteve no PPS (1997-2005), PSB (2005-2013), PROS (2013-2015) e PDT (2015-2024). Agora, retorna ao PSDB.
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Fonte: gcmais.com.br