No coração do Sertão Central do Ceará, a produção de leite é um dos principais motores econômicos da região, destacando-se especialmente em Quixeramobim, a maior bacia leiteira do estado. Localizada a 215 quilômetros de Fortaleza, a cidade é responsável por uma produção impressionante de 250 mil litros de leite por dia, gerando uma economia que movimenta entre 15 e 16 milhões de reais por dia.
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Segundo Afrânio Feitosa, secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará, “Quixeramobim é uma bacia leiteira muito forte, e hoje é a maior bacia leiteira do estado. Essa produção não apenas sustenta a economia local, mas também impulsiona a geração de empregos e a criação de renda, que é fundamental para a população.”
A produção de leite em Quixeramobim não se limita a uma simples atividade agrícola. É uma verdadeira indústria que fomenta a economia do município, beneficiando a cadeia produtiva com a geração de empregos diretos e indiretos. O município, com sua grande capacidade produtiva, é responsável por uma parte significativa da produção leiteira do Ceará, refletindo seu papel essencial dentro do setor no Brasil.
Com uma produção diária de 6 mil litros de leite em uma fazenda a 7 quilômetros da sede de Quixeramobim, a atividade é de extrema relevância para o agronegócio da região. Glauco Helano, produtor e empresário local, afirma que “a atividade movimenta cerca de 15 milhões de reais por mês em Quixeramobim, o que demonstra a sua importância econômica para o município e para o estado.”
Apesar das dificuldades impostas pelo clima árido da região, os produtores de leite em Quixeramobim têm investido fortemente em tecnologia, genética e manejo de seus rebanhos, visando otimizar a produção e garantir a qualidade do leite. O uso de inovações tecnológicas é considerado um dos maiores desafios e oportunidades para o setor no futuro, especialmente para atender às projeções de crescimento do agronegócio.
O secretário Afrânio Feitosa ressalta que “os produtores mais eficientes, que se adaptarem à nova realidade de adoção de tecnologia, terão um papel de destaque no setor. A meta é melhorar a produtividade e alcançar resultados mais expressivos nos próximos anos, com foco na sustentabilidade e inovação.”
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Em uma das fazendas visitadas, os produtores conseguem alcançar uma média de 40 litros de leite por animal, com a produção diária atingindo 6 mil litros. Glauco Helano explica que o segredo do sucesso está em “respeitar a biologia dos animais, investir em nutrição e oferecer um manejo adequado. Esses são fatores que contribuem diretamente para a alta produtividade.”
O Brasil, atualmente, é o terceiro maior produtor de leite do mundo, com mais de um milhão de propriedades produtoras em todo o território nacional. As projeções para o futuro, especialmente para 2030, apontam para uma concentração da produção nas mãos de produtores mais eficientes, que tenham se adaptado à nova realidade tecnológica e à crescente demanda por leite de alta qualidade.
No entanto, o setor de leite ainda enfrenta desafios, como a escassez de água e as altas temperaturas do sertão, fatores que afetam diretamente o processo produtivo. Mesmo assim, os produtores de Quixeramobim continuam apostando em inovação e adaptação para superar as dificuldades naturais e garantir a continuidade do crescimento da produção leiteira.
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Fonte: gcmais.com.br
